Após a publicação do relatório da NexLatan, e seus números para a América Latina, me fizeram refletir sobre o seguinte:
O
Desenvolvimento dos serviços de IPTV ainda tem muito o que se
desenvolver na América Latina (AL), quando comparados com ASIA, EUA
e Europa. Nesses paises há abundancia de operadoras e um mercado
praticamente já estabelecido de seriviços para IPTV.
Enquanto
apenas alguns serviços foram lançados em alguns paises da AL, o
desenvolvimento ainda sofre com a necessidade de largura de banda,
tecnologia de infraextrutura de rede, e talvez a questão mais
importante de todas: a falta de regulamentação, são alguns dos
obstaculos para a definitiva decolagem do IPTV na AL como um todo.
Em um
panorama mais classico, se olharmos as tecnologias de transmissão já
consolidadas como Satélite ou Cabo , veremos que em paises onde
estes serviços já estão bem desenvolvidos o IPTV deve naturalmente
ter um crescimento menor, como é o caso de paises como:México,
Argentina que tem uma penetração de 60% de mercado Pay TV.
Levando
em conta estes fatores, podemos estimar que nenhum negócio com IPTV
na AL se tornara um grande sucesso nos próximos 2 anos, pois esse é
o tempo estimado para amadurecimeto da tecnologia e da regulamentação
nesses paises.
Ocenário
deve mudar apartir de 2011-2012, quando os investimentos em
infra-estrutura devem começar a acontecer.
Quanto
a largura de banda, essa é um impeditivo grande ao mercado de
HDTV,quando comparamos a largua de banda disponivel em alguns paises
asiaticos que é da ordem de 100Mbps, ou nos EUA e Europa com
conexões na emédia entre 30 e 15 Mbps. Esses valores na américa
latina não passam de 3 Mbps na média (quanto muito 10Mbps), o que não é suficiente para
trafegar HDTV com qualidade através da Internet atual.
HISTÓRICO
INICIAL
Já
faz alguns anos que diversos players tem testado IPTV na América
Latina, em paises como Chile,o Grupo Telefonica realizou um piloto
chamado IPTV ON Demand, que esta disponivel em algumas areas de
Santiago (porém sem planos para ampliação dos serviços). A mesma Telefonica implantou IPTV no Brasil, mais precisamente na região
nobre de São Paulo.
Em seu
report a Telecoms & Media, informou os aproximados 9000 clientes
de IPTVda Telefonica em 2009 ,geram uma receita estima em US $
2Milhões e esse numero deve saltar para 2.000.000 de clientes até
2013.
Seguindo
essa lógica o Brasil tera 37% dos assinantes da AL e será
responsavel por 44% de toda a receita para essa região até 2013,
seguido pelo México com 25% do total de assinantes e 23% da receita.
Para
se ter uma idéia a Telefonica de Espanha tem 600 Mil assinantes do
serviço IPTV, isso sem falar da Europa Ocidental, onde estão mais
da metade dos assinantes de IPTV no mundo em número de assinantes,
seguido pela Asia, América e Europa Oriental onde é esperado um
forte crescimento desses serviços.
O
crescimento do IPTV tem sido grande em todas as partes do globo ( com
execeção da AL) pelo motivos já aqui mencionados.Em 2008 um
relatório da Telecons & Informa, apontava que haviam 18,6
milhoes de assinantes de IPTV em todo o Globo. Divididos em Europa
Ocidental com 7,5 Milhoes,Asia com 6,5 Milhões e 3,4 Milhoes na
América do Norte. O restante,ou seja, 1,2 Milhoes ficam divididos
entre Europa Oriental, Oriente Médio e América Latina.
Esse
mesmo relatório prevê que até 2013 o mundo terá 57,1 Milhões de
usuários de IPTV, com a Asia tendo o maio numero de assinantes com
22 Milhões.
Dessa
forma vemos que ASI continuará dominando o mercado de IPTV, não só
por suas redes de infraextrutura bem preparadas, mas também pelo uso
de endereçamento de rede de nova geração o IPV6. Atribuir
endereçamento único para 22 Milhões de asiatícos é tarefa para
um novo protocolo, haja visto que todos os indices indicam que em
2011 o esgotamento dos endereços IPV4 estarão esgotados.
Finalizando,
os principais problemas da América Latina para a implantação do
IPTV são além de gerar uma rede com infraextrutura melhorada, capaz
de entregar fibra optica nas residencias (FTTH: Fiber to the Home) e
aplicar tecnologias capazes de prover maior largura de banda e
endereçamento de rede capaz de suportar toda a demanda de novos
usuarios necessária, primeiramente através de tuneis IPV4/IPV6.
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