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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Switch Off e LTE o que vem por ai ...




Recentemente a Revista da SET entrevistou vários membros da Industria e do Forum ISDBT, sobre o andamento do Switch Off da TV Analógica , esse é o resumo de minha participação


Qual sua opinião sobre o andamento do Switch Off da TV Analógica?

O Switch off no mundo todo sempre foi uma questão polemica , seja pela diferença do planejado e realmente realizado, seja pela curva de adesão a nova tecnologia.
Nos EUA, o switch off  foi  adiado diversas vezes. No Brasil, um pais com dimensões continentais,  precisamos “profissionalizar” o governo para essa questão, ou seja, é preciso que um grupo de estudo levante os principais temas e conseqüências advindas do switch off e entregue esse estudo ao governo para que ai sim ,um plano e uma agenda realista possa ser escrita.

Com relação ao calendário do Switch Off, o que se avançou em 2012 e o que esperar para 2013?

Bom, em 2012 o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações (Minicom), Genildo Lins, e a diretora  de outorgas do Minicom, Patrícia Ávila, anunciaram em primeira mão no do Congresso da Sociedade de Engenharia de Televisão (SET),de que o  Ministério das Comunicações, decidiu por uma transição escalonada, acelerando o apagão analógico nas regiões em que a TV digital está mais evoluída.
Ao invés de todos os transmissores serem desligados em 2016, haverá antecipação em algumas grandes cidades e postergamento em pequenas. Isso claramente falando ocorreria em março de 2015 na região metropolitana de São Paulo, e depois da Grande São Paulo, o governo pretende também promover o apagão analógico, ao longo de 2015, em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis e, no final do ano, em todas as capitais do Nordeste.
Isso não resolve todo o problema do switch off, falta por exemplo um trabalho de subsidio ao receptores digitais, as medidas tomadas até agora de incorporar os receptores aos televisores abrange apenas uma pequena parcela da população que pode comprar aparelhos novos, e praticamente exclui todos os demais.
Se olharmos para o mundo ao nosso redor, veremos que nos EUA, parte do dinheiro arrecadado com a venda do espectro de 700 MHz para LTE foi usado como subsídio para abaixar os preços dos conversores, na Argentina o governo tem distribuído receptores digitais como forma de alavancar a adesão a nova tecnologia, e aqui o que temos feito ... ?
 Qual sua opinião sobre o posicionamento do Ministério das Comunicações em relação ao legado que fica da TV Analógica?

Está claro que o governo iniciou uma corrida contra o tempo para “limpar” a faixa dos 700Mhz, hoje ocupada pelos sinais de TV analógica especialmente nas  grandes cidades. Segundo o MiniCom,  são quase 1062  cidades que precisarão ter a TV aberta analógica “desligada” para dar espaço para a banda larga LTE.  Mas essa necessidade de limpeza  não pode ser feita em prejuízo de uma parcela da população, então independente do posicionamento do MiniCom, é importante que a sociedade como um todo se una para garantir que ninguém seja prejudicado em detrimento desse ou daquele setor . Pois no final quem paga a conta é sempre o usuário final.
Qual sua opinião sobre o anuncio da possibilidade de interferências entre a transmissão da TV Digital e da faixa de frequências para o 4G/LTE?

Interferencia em TV Digital significa “sem imagem” não temos meio termo, não há “fantasmas ou chuviscos” e isso precisa ficar bem claro para a população, dessa forma  é de suma importância que estudos do grupo de trabalho formado pela SET, sejam realizados o mais rápido possível, para termos uma fotografia do que realmente é possibilidade de interferência e o que já é um problema real.  O Japão tem relatado grandes problemas de interferência mutua  entre os  serviços de LTE e TV Digital, o que é uma grande indicio de que aqui não será diferente.
 Esse problema é decorrência do Brasil possuir uma banda de 4G diferenciada do restante do mundo?

Não acredito que o problema seja só este, como disse, países na Europa e o próprio Japão tem sofrido  problemas de interferência mutua. Estudos  demonstram  claramente que, em áreas densamente povoadas, como o interior de São Paulo, sem um  plano de canalização não otimizado  para a TV digital, e ainda com um excesso de estações em SFN (Single Frequency Network) operando na mesma frequência, geram a possibilidade  de interferência que impactam na cobertura, isso falando apenas da interferência entre canais digitais. Outros estudos apontam ainda  a interferência dos sinais WiMax e LTE sobre o sinal da TV Digital.
O que precisamos é de mais tempo para realizar testes e conhecer quais é o real potencial dessas interferências sobre a transmissão do sinal digital, lembrando ainda que isso é importante também para as teles, pois em muitos casos os sinais tendem a se anular e no final quem sofre é o usuário, que ficaria em tese sem TV e sem 4G.
 Com relação ao mercado, quais são as maiores preocupações em se cumprir a data proposta do Switch Off até então? Publicidade? Tecnologia?

Não temos problemas de tecnologia, os problemas hoje se concentram em uma curva de adesão muito baixa de TV Digital pela população,( uma pesquisa realizada pela Nielsen, aponta que só na cidade de são Paulo o desconhecimento da existência de canais digitais chega a 40 por cento) e isso o Modulo de Promoção do Forum tem feito um grande esforço para reverter. O segundo problema é a chamada interiorização do sinal digital, considerando o fato de que a maioria das retransmissoras das pequenas cidades é bancada pelas prefeituras,e que a maioria não tem dinheiro para fazer a troca de 7 mil transmissores até 2016, precisamos urgentemente de um plano de subsídios do governo para que isso ocorra, talvez usar parte dos recursos do leilão da faixa de 700 MHz como forma de financiamento da migração dos sistemas analógicos para a TV Digital dessas prefeituras. O processo de digitalização da TV está indo bem na parte de transmissão, tem pouquíssimas pendêncis  graças as emissoras que fizeram alto investimento e se comprometeram. De acordo com a Anatel, em maio 2012, 89.2 milhões de pessoas (o equivalente a 46,80% da população brasileira) estão cobertas pela TV Digital. Ao todo são 31.3 mil domicílios, em 508 municípios. Agora o foco deve ser a interiorização do sinal e ai o governo precisa entrar com a sua parte.

NAB 2013: SURGE O HEVC !!
























A NAB Show 2013 prometia ser espetacular  e foi ! Uma das coisas que garante o seu legado são as empresas com os lançamentos de novas tecnologias ,algumas  hi-tech outras low-tech ... mas a tecnologia não falta .
Cada NAB Show oferece tanto admiração e espanto, e este ano não foi diferente. Idéias  inovadoras  estavão sendo apresentadas por todos os corredores!
Sem sombra de duvidas o HEVC  foi o grande Hit do momento, Com a tinta mal seca sobre o novo codec de vídeo de alta eficiência (HEVC) ou padrão  H265 , mostrou que, no mundo de ciclos de desenvolvimento compactos em que vivemos , as empresas não se atrevem a ficar de braços cruzados para que um concorrente comece a saltar sobre uma nova tecnologia, sem que os demais também não façam a mesma coisa .O  HEVC estáva em toda parte na NAB 2013. Enquanto o vídeo 4K continua a ser um ponto fundamental para a demonstração da tecnologia, torna-se cada vez mais claro que as novas implantações serão impulsionados pela necessidade mundana de cortar custos de distribuição e entrega de serviços de vídeo otimizados para o mercado de  OTT´s.

Conversei com duas empresas de Encoders :

Envivio :era a única na feira a usar chipset embarcado para decodificação do HEVC (solução  da Broadcom) Mostraram vídeo em 1080p com incriveis taxas de 1.2Mbps.


ATEME : Estava com solução HEVC para 4K com taxas ainda mais incríveis : 3840 x 2160 a 15Mbps  - Porem o Codec não estava embarcado em chipset,  plataforma de decoder ainda no PC.


Um informação relevante dada pelo eng.Gustavo da ATEME : "É que lancaremos em junho e ja teremos um software transcoder como produto."

Claro que a NTT , também não poderia ficar de fora, e apresentou encoder em HEVC sobre
 FPGA e  também encoders  de delay  de apenas um Frame . Fora os já conhecidos  de 100msec de latência.




Confiram um pouco mais da Feira nas fotos abaixo :












terça-feira, 2 de abril de 2013

Projeto piloto conduzido na Paraíba, demonstra a importancia da interatividade na TV digital.


Para André Barbosa, um dos responsáveis pela implantação do SBTVD, o padrão nipo-brasileiro de TV Digital e superintendente de Comunicação da EBC, a indústria já perdeu  a oportunidade para fornecer equipamentos para os países latino-americanos. Mas, agora, tem a chance de virar o jogo com o uso do padrão na África. No mercado interno, o executivo garante: há ainda muito brasileiro para ser atendido.

Barbosa, que participou do Forum TIC Brasil, evento realizado no dia 20/03, pelo Portal Convergência Digital e pela Network Eventos, contou a experiência do projeto piloto conduzido na Paraíba, de interatividade na TV digital. O teste foi realizado, em outubro do ano passado, em João Pessoa, na Paraíba, com 100 famílias que participam do programa Bolsa Familia, do Governo Federal. 

As casas receberam todos os equipamentos necessários para a captação do sinal digital, incluindo uma antena UHF e um conversor digital, que se acopla ao aparelho de televisão. A Oi, contou Barbosa, doou, por três meses, celulares com conexão à internet, que atuou como modem juntamente ao conversos, já que as localidades nas quais foi testada a interatividade não possuem banda larga. "Não foi fácil, houve áreas onde questões sociais, como a violência, implicou mudanças de planos", disse.

A realização dos testes foi coordenada pela EBC por meio do projeto de Rede Nacional de Radiodifusão Pública Digital Interativa. O projeto contou também com o apoio de empresas privadas, da Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura de João Pessoa, da TV Câmara Federal e da sua afiliada local, além da TV da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), representada pelo Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (Lavid).

André Barbosa lembrou que as TVs estão em 98% dos lares brasileiros, alcançando lugares nos quais a internet ainda não chegou. Atualmente o sinal da TV digital cobre 46% do território nacional. A proposta é fazer com que, até 2018, esse número aumente para 63%, incluindo 311 torres espalhadas por municípios brasileiros.

Segundo ainda o executivo, o teste revelou que as famílias tiveram facilidade em acessar e acionar os serviços disponibilizados. “Os aplicativos se mostraram bem amigáveis. Para se ter uma ideia, alguns cursos profissionalizantes, por exemplo, foram fechados durante o período de testes, bem como documentos foram tirados pelos participantes", destacou. Animado com o piloto desenvolvido na Paraíba, Barbosa lamenta o comportamento da indústria. 

Fonte: Convergencia Digital

4G Brasil: Oferta de 700 MHz será reduzida para acomodar TVs


O Ministério das Comunicações garante que nenhuma emissora de televisão ficará de fora da redistribuição de canais com a digitalização e licitação da faixa de 700 MHz, hoje ocupada pela TV aberta. Segundo o ministro Paulo Bernardo, se for preciso, haverá locais onde será ofertado um pedaço menor do espectro. 
“Há técnicos dizendo que cabe todo mundo, há quem diga que não cabe. Uma coisa é certa, todos os canais existentes serão alojados em UHF. Se tiver lugares mais difíceis, onde se verificar que não será possível colocar todos, corta-se a faixa e vende-se menos frequência”, afirmou o ministro. 
Ele sustentou que na grande maioria dos municípios do país não existe problema – a encrenca se daria em cerca de 600 das maiores cidades do país, onde o uso do espectro já estaria saturado, dificultando a realocação dos canais digitalizados. É nesses casos que ele indica que no lugar dos 108 MHz – entre as subfaixas de 698 MHz e 806 MHz – o leilão trará menos espectro. 
Na prática, a Anatel vem trabalhando com a licitação de bandas duplex de 45 MHz – portanto, 90 MHz do espaço supostamente disponível com a digitalização dos canais. Nesses 45+45 MHz a agência espera abrir espaço para pelo menos quatro competidores no leilão. Essa perspectiva pode mudar caso seja preciso adotar a premissa de vender menos espectro. 
Paulo Bernardo reagiu ao queixume que dominou a audiência pública sobre a destinação da faixa realizada na quarta-feira, 27/3, pela Anatel. Como se viu, grande parte da grita partiu das emissoras públicas, que se consideram escanteadas nessa discussão. 
As reclamações tinham suas razões, visto que técnicos da Anatel indicaram que não haveria como acomodar todos os pretendentes. A Superintendência de Comunicação de Massa da agência explicou na audiência que ainda não fora encontrada viabilidade técnica para superar impasses em alguns locais. Não por menos o regulador jogou a responsabilidade para uma decisão política do Minicom. 
Vale lembrar que não foi a primeira vez que o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, falou em reduzir a venda da faixa de frequência. Em fevereiro, em evento na Oi no Rio de Janeiro, o ministro já tinha rebatido a possibilidade de 'tela preta' na TV em função do 4G. "Vamos vender menos para as teles onde há problema. Não vai haver interferências nem ruídos. A maior parte da faixa está deserta no Brasil",sustentou à época.
VHF
As queixas da audiência pública também ecoaram mal na possibilidade de se usar parte do espectro de VHF – no caso, dos canais 7 a 13 – para acomodar emissoras, notadamente canais de televisões públicas como EBC, TV Senado e TV Câmara. 
No Minicom a posição é de que essa solução não existe na prática – apenas estão sendo realizados testes para verificar a viabilidade de transmissões de TV para celulares/smartphones. Se for viável a mobilidade da TV digital nessa faixa, será dada a opção para as emissoras que quiserem. 
Fonte : Convergencia Digital