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terça-feira, 26 de março de 2013

IPTV pode ter 100 milhões de assinantes até o final de 2013


Uma pesquisa divulgada pela Pyramid afirma que o número de assinantes de IPTV vai crescer esse ano, a estimativa é que a plataforma seja adotada por em média 100 milhões até dezembro.
A base total de assinantes cresceu 40% desde 2012, e a empresa de pesquisa espera que até 2017 esse número ultrapasse 181,1 milhões,e o market share das assinaturas pagas passem de 9,3% em 2012 para 15,8%, impulsionado por mercados como China, França e Estados Unidos, que somaram mais de 10 milhões de assinantes em 2012 e as regiões contabilizam 53% do total de assinantes globalmente.
A Ásia-Pacífico é o maior mercado, com cerca de 38,2 milhões de assinantes e uma participação de 45,3% globalmente, e segundo Guillermo Hurtado, analista da Pyramid Research Associate, a receita global desse mercado vai ultrapassar os US$ 44 bilhões. “Entre 2012 e 2017 veremos um aumento na assinatura do IPTV. A plataforma pode crescer 16% do que já esperado para o final de 2013”.
Segundo a pesquisa, a adoção do IPTV varia em cada região, e depois da Ásia-Pacífico, a Europa Ocidental e América do Norte têm penetração de 14,8% e 8,8%, respectivamente; enquanto na América Latina a adoção é lenta e representa 0.6%, e África, Oriente Médio têm 0.3%.

fonte: Ipnews.com.br

terça-feira, 19 de março de 2013

Abratel pede agilidade na migração das AM para a FM estendida


A Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), entidade composta principalmente por emissoras afiliadas à Record, pediu a agilização da migração das AMs para a futura FM estendida. O governo já afirmou que vai destinar os canais 5 e 6 da TV analógica para a migração das FMs. Os canais são correspondentes à frequência que vai de 76 a 88 MHz.
O pedido foi feito por meio de ofício encaminhado ao ministro Paulo Bernardo. De acordo com a associação, muitas emissoras da faixa AM não têm receita suficiente para financiar a sua operação e dependem inclusive de trabalho voluntário para continuarem funcionando. Segundo a Abratel, a audiência dessas emissoras chega a apenas 4% em Brasília, por exemplo. 
No Rio de Janeiro e em São Paulo, a audiência das rádios AM chega a 12%. "Muitos anunciantes já estão se recusando a realizar inserções comerciais nas rádias AM, alegando que a quantidade de ouvintes – em declínio – não justifica o investimento deixando as rádios AM em situação mais preocupante", diz o ofício assinado pelo presidente da entidade, Luiz Claudio Costa. 
Para a Abratel deve ser feita a migração dos canais analógicos para a faixa FM estendida e não apenas do sinal digital, como chegou a ser mencionado por representantes do Minicom. Muitos rádios eletrônicos ou celulares poderiam captar os canais 5 e 6 através de uma atualização de software, o que não seria possível se for feita a migração do canal digital. Neste caso, todos os equipamentos devem ser trocados para captar a nova tecnologia. 
Fonte da associação explica que seria um contrassenso exigir a migração dos canais digitais, já que a intenção do Minicom é que a digitalização seja facultativa. Segundo a Abratel, apenas cerca de 10% das cidades do Brasil necessitariam da faixa FM estendida para acomadar as rádios AM. Na grande maioria dos munícios há canais vagos na faixa FM. 
A associação também pede que sejam feitos novos testes dos padrões de rádio digital HD Radio e DRM. Isso porque, no caso do DRM foi usado um receptor que não tinha a funcionalidade de captar o sinal analógico em caso de perda do digital, o que deixou o padrão em desvantagem já que o receptor do padrão concorrente possuía a funcionalidade. Já em relação ao HD Radio, o pedido é para que sejam feitos testes com a utilização de menos espectro, a exemplo do que estaria sendo realizado nos EUA. 
Sobre o Conselhor Consultivo de Rádio Digital:

O trabalho está dividido em três Comissões Temáticas, que periodicamente apresentam suas contribuições para a reunião do Conselho Consultivo. O escopo do Conselho, na condição de Consultivo é analisar os testes feitos com os dois sistemas e elaborar  um relatório final que pode contribuir para a decisão do Ministro das Comunicações.
Internamente, foi dividido em três comissões temáticas:
- Comissão Temática de análise dos Testes: reuniu-se dias 6/12, 20/12, 28/12, 28/02
- Comissão Temática de Política Industrial: interface com a indústria de equipamentos de transmissão e recepção;
- Comissão de Inovação Tecnológica: debate de aplicativos e serviços oferecidos pelos dois sistemas.
Já as reuniões do Conselho Consultivo foram dias 27 de outubro, 6 de dezembro, 13 de dezembro e 28 de fevereiro.
Os testes realizados não deram segurança para definir qual o padrão seria mais apropriado em detrimento do outro. Por isso, novos testes serão realizados, em especial, em AM e FM de baixa potência.
Essa decisão de novos testes foi uma bandeira defendida anteriormente pela ABRATEL, propondo que o teste do DRM também leve em conta a comutação do sinal do digital para o analógico e vice-versa, para que possamos medir o atraso. Também havíamos pedido que os testes do HD fossem feitos considerando apenas uma banda ( a superior ou a inferior) de modo a vermos como se comporta utilizando menos espectro e se há influência na taxa de erro.
Com informações do Tele Síntese

sábado, 9 de março de 2013

Conheça o MPEG-DASH ,o novo padrão de streaming da Internet !


Moving Picture Expert Group (MPEG) tem sido responsável pelo desenvolvimento de muitos padrões de multimídia, incluindo MPEG-2, MPEG-4 e mais recentemente desenvolveu um padrão para transmissão de multimedia através da Internet. O padrão é conhecido como MPEG-DASH (ISO / IEC 23009-1). E essa é um pouco de sua história.

O HTTP streaming tem se tornado muito popular para a entrega de conteúdo multimídia através da Internet. Esta abordagem tem várias vantagens. Entre elas :  O uso da própria  infra-estrutura de Internet, que  evoluiu para apoiar eficazmente o HTTP. Como  por exemplo,as redes de entrega de conteúdos ou  CDN´s ( do inglês: content delivery network) que já são capazes de   fornecer “caches de ponta” que reduzem o tráfego de longa distância. Além disso, o HTTP  é um velho conhecido dos firewalls , pois quase todos os firewalls são configurados para suportar suas conexões de saída

O objetivo de um CDN é servir conteúdo aos usuários finais com alta disponibilidade e alto desempenho, portanto, o provisionamento de um grande número de clientes de streaming não impõe qualquer custo adicional sobre os recursos do servidor além do uso do padrão HTTP, que pode ser gerenciado por um CDN utilizando técnicas de otimização de HTTP.

Por todas estas razões,o HTTP streaming tem se tornado  uma abordagem dominante em implementações comerciais. Por exemplo nas plataformas de streaming da Apple e seu HTTP Live Streaming, ou a da  Microsoft’s e seu Smooth Streaming, todas usando o HTTP  streaming como o seu método de entrega .
No entanto, nem tudo são flores ,cada implementação tem usado  formatos diferentes de segmento, e portanto, para receber o conteúdo de cada servidor, um dispositivo tem de suportar seu protocolo cliente correspondente e proprietário. Com isso criou-se a necessidade então de um padrão para streaming HTTP de conteúdo multimídia que permita que um cliente baseado em padrões proprietários  possa transmitir conteúdo de qualquer servidor baseado em quaisquer  outros padrões, o que permitira  a interoperabilidade entre servidores e clientes de diferentes fornecedores.
Observando as perspectivas do mercado de streaming de Internet e atendendo a um pedido da indústria o grupo MPEG emitiu um convite para a criação de uma  proposta de um padrão de streaming HTTP em abril de 2009.  E nos dois anos que se seguiram,o grupo MPEG desenvolveu a especificação com a participação de muitos especialistas e contou com a colaboração de outros grupos, como do  Third Generation Partnership Project (3GPP) . O padrão resultante ficou conhecido como fluxo MPEG adaptativo dinâmico sobre HTTP  ou simplesmente MPEG-DASH, e está previsto para ser publicado como ISO / IEC 23009-1.

A Figura 1 ilustra um cenário de streaming simples entre um servidor e um cliente HTTP DASH. Nesta figura, o conteúdo multimídia é capturado e armazenado em um servidor HTTP e é entregue através de HTTP. 
O conteúdo existente no servidor tem duas partes:
Media Presentation Description (MPD), que descreve o formato do conteúdo disponível, suas várias alternativas, seus endereços de URL, e outras características e segmentos, que contêm os bit streams de multimídia, em arquivos únicos ou múltiplos.
MPEG Âmbito Dash



Figura 1. Âmbito da norma MPEG-DASH. Os formatos e funcionalidades dos blocos vermelhos são definidos pela especificação. Os clientes de controle e players de mídia, que não estão dentro do escopo da norma





Para reproduzir o conteúdo, o cliente obtém a primeira DASH MPD. 
O MPD pode ser entregue através de HTTP, e-mail, pen drive, transmissão, ou outros transportes. Ao analisar o MPD, o cliente DASH aprende sobre o tempo de programa, conteúdo de mídia, disponibilidade, tipos da mídia, resoluções, larguras de banda mínima e máxima, e da existência de várias alternativas de codificação dos componentes de multimídia, além de recursos de acessibilidade e necessidade de gestão de direitos digitais (DRM), bem como suas localizações na rede, e outras características de conteúdo. 
Usando essa informação, o cliente DASH seleciona a alternativa adequada a codificação e começa a transmissão do conteúdo para buscar os segmentos usando solicitações HTTP GET.
Após tratamento  adequado para permitir variações de taxa de transferência na rede, o cliente continua buscando os segmentos posteriores e também monitora as flutuações de largura de banda da rede. Dependendo das suas dimensões, o cliente decide como ira se adaptar à largura de banda disponível pela busca de alternativas de segmentos diferentes (como taxas de bits mais baixas ou mais altas), para manter um fluxo adequado.
A especificação MPEG-DASH só define o MPD e os formatos do segmento. A entrega do MPD e os formatos de codificação dos meios que contêm os segmentos, bem como o comportamento do cliente para a busca, ou as regras  heurísticas de adaptação, e os conteúdos do player, estão fora do âmbito do MPEGDASH.
Por fim  podemos destacar os seguintes benefícios deste novo padrão:

·         Internet amigável : MPEG-DASH usa o padrão do protocolo HTTP. Ele pode ser implementado usando servidores web e trabalha com a mesma  infra-estrutura existentes na Internet, incluindo CDNs, caches, firewalls e NATs.
·         On-demand, e tempo de deslocamento das aplicações : MPEG-DASH oferece suporte on-demand, para aplicações ao vivo e time-shift de serviços com quadro único.
·         Comutação e fluxos selecionáveis : O MPD fornece informação adequada para o cliente selecionar e alternar entre serviços, por exemplo, a seleção de um fluxo de áudio a partir de línguas diferentes, a seleção de vídeo entre diferentes ângulos de câmera, selecionando as legendas de línguas previstas, e dinamicamente  permite alternar entre bit rates diferentes do mesmo vídeo.
·         Inserção de anúncios : A publicidade pode ser inserida como um período entre períodos ou segmento entre os segmentos, em ambos os casos sob demanda e ao vivo.
·         Criptografia comum e suporte a múltiplos DRM : O conteúdo pode ser codificado uma vez e entregue ao cliente apoiando vários esquemas de DRM. Os esquemas de DRM suportados podem ser assinalados no MPD.
·         Segmentos com durações variáveis : Por exemplo  em uma  transmissão ao vivo, a duração do segmento seguinte pode ser sinalizada com a entrega do segmento actual.
·         URLs de base múltipla: O mesmo conteúdo pode estar disponível em várias URLs, isto é, em diferentes servidores ou CDNs e o cliente pode transmitir a partir de qualquer um deles para maximizar a largura de banda disponível da rede.
·         Suporte a SVC (Scalable Video Coding) e MVC ( Multiview Video Coding) , o  MPD fornece informações adequadas sobre as dependências de decodificação que podem ser usadas ​​para transmissão de quaisquer fluxos de multicamadas codificados como SVC e MVC.
Existe ainda um conjunto flexível de descritores. Eles são responsáveis por  descreverem a  classificação dos  conteúdos,  recursos de acessibilidade, pontos de vista da câmera, embalagem dos frames, canais de áudio e componentes de configuração, além de métricas de qualidade para relatar a experiência de cada sessão. A norma tem um conjunto de métricas bem definidas de qualidade para que o cliente possa medir e reportar de volta seus resultados para um servidor.
    Ao longo de 2013 ouviremos muito mais a respeito do MPEG-DASH, para saber mais sobre esse novo padrão acesse : http://dashif.org/news/



quinta-feira, 7 de março de 2013

Tráfego internacional do Skype supera telefonia tradicional, diz estudo


Novos dados sobre o mercado de telecomunicações divulgados esta semana pela empresa de pesquisa TeleGeography mostram que o tráfego telefônico internacional cresceu 5% em 2012, para 490 bilhões de minutos. Segundo a especialista, essa taxa, embora positiva, está bem abaixo da média de 13% que as operadoras precisariam para compensar as quedas de preços.
Por outro lado, o tráfego de voz e mensagens gerado por aplicações over-the-top (OTT) como o Skype continua a aumentar a um ritmo forte. A TeleGeography estima que o tráfego gerado por chamadas internacionais de voz e vídeo via Skype cresceu 44% em 2012, para 167 bilhões de minutos. O aumento de cerca de 51 bilhões de minutos em um ano é mais que o dobro alcançado por todas as operadoras internacionais no mundo somadas.
Se ao tráfego do Skype for adicionado o volume de ligações telefônicas, o tráfego de voz internacional teria crescido 13% em 2012, em linha com as tendências históricas. Isto sugere que, embora a demanda por comunicações entre fronteiras não tenha diminuído, menos usuários optaram por fazer chamadas telefônicas tradicionais.
"A pressão sobre as operadoras deve continuar crescendo nos próximos anos", diz o analista da TeleGeography, Stephan Beckert. "Embora o Skype seja o aplicativo de voz mais conhecido, está longe de ser o único. Google (Talk e Voice), WeChat (Weixin), Viber, Nimbuzz, Line e KakaoTalk também se tornaram populares. E, talvez o mais preocupante para as empresas de telecomunicações, o Facebook adicionou recentemente um recurso de chamadas de voz gratuito em sua aplicação Messenger."

fonte: Ipnews

IPTV é tendência, mas desafia provedores de internet



A realidade do mercado de IPTV, que começa a crescer no Brasil, foi abordada por Carlos Cunha, engenheiro de telecomunicações da Motorola Mobility, durante o Congresso de Provedores de Internet, em São Paulo. O especialista comentou sobre áreas que necessitam da atenção dos provedores que planejam investir na entrega do serviço pelo protocolo IP.
Perda de pacotes é principal gargalo.

O investimento é milionário e requer atenção de todos os lados – desde infraestrutura, tecnologia, a questões básicas de sistemas de cobrança, atendimento, manutenção e visitas técnicas, e o primeiro conselho de Cunha para os que estão pensando em entrar nesse mercado é: “implementar uma tecnologia que compense”, depois investir em treinamento e profissionais com experiência no mercado de vídeo.

O especialista pontua a perda de pacotes como principal gargalo para as prestadoras de serviços. “Perder pacote é o “demônio” para o IPTV, pois é pior que baixa velocidade. Isso interfere na qualidade do sinal, e consequentemente, na perda do cliente”, e adiciona que a manutenção deve fazer parte da estratégia, pois pode evitar esse tipo de problema. “Desde a manutenção básica, de limpar as antenas”.
Ele explica que o padrão IP permite integrar diversos serviços de vídeo on demand, multiview, gravação de conteúdo, o que pode enriquecer a oferta para assinantes. “No IPTV até a mudança de canal é mais rápida do que na TV digital”, cita como vantagem, e exemplifica a plataforma da Microsoft, o mediaroom, e afirma que a adoção de soluções integradas pode enriquecer a oferta.
De olho na concorrência
A concorrência com grandes provedores também foi citada como um desafio para as pequenas empresas, e afirmou que a exigência de múltiplas telas tem mudado a realidade do mercado brasileiro, com consumidores demandando mais serviços e aplicações. “Os pequenos provedores, para conseguir competir com os grandes, precisam ter preços competitivos e se preocupar com o conteúdo oferecido”.
E afirma que as empresas devem se preocupar com o portfólio de serviços. “A tendência de casa conectada deve estar no plano de negócios, além de permitir ao assinante ter acesso ao conteúdo da residência pelos dispositivos móveis”, e afirma que é importante pesquisar e saber o que os concorrentes e outras operadoras do mercado ofertam.

Comprovando essa tendência a  Life Serviços anunciou o lançamento do serviço de TV por assinatura com o padrão IP, que estará disponível até abril - quando a estação for licenciada pela Anatel - em algumas cidades do interior de São Paulo, como Pompéia, Marília e outras da região.

Segundo o diretor da companhia, Oswaldo Zanguettin, o objetivo é atingir uma base de 12 mil usuários em três anos, e a empresa que desde 2008 começou a investir em fibra ótica, entrará com uma oferta triple play, com preços competitivos. “A pressão do mercado nos levou a pesquisar e desenvolver a tecnologia, que ao final dos nossos estudos combinou com a tecnologia IP por maturidade e custo benefício”, comenta.
A companhia utilizará o cabo de fibra ótica aéreo e a diferença do serviço para o padrão DTH é o sinal de transmissão. “Não precisamos comprimir o sinal porque temos banda para isso, então, a transmissão terá mais qualidade. A diferença entre a tecnologia DTH e IP é que com o IP as chuvas não prejudicam tanto a qualidade”, e acrescenta: “o benefício é que no protocolo conseguimos ter bidirecionalidade, o que abre o mundo para diversas aplicações, como a gravação de canais e a possibilidade utilizar tecnologias de rede, como cloud, nos set-top-boxes, então trabalhamos com caixas mais leves”.
Zanguettin também conta que a companhia melhorará a oferta de banda larga. “Hoje trabalhamos com até 20Mbps, mas com o lançamento da TV vamos passar a ofertar até 100Mpbs”, e embora o serviço de voz também esteja dentro da rede IP, o ofertado não será o VoIP, mas o padrão comum.
Na primeira etapa, a oferta incluirá a grade linear de canais em HD para toda base de assinantes, menu interativo, aplicações de vídeo e TV on demand, que permite gravação de conteúdo. “Vamos usar um modelo de caixa que permite disponibilizar isso para todos os usuários, até dos pacotes mais simples”, e a empresa conta que nos planos futuros estão a possibilidade de incluir ofertas de OTT, para conteúdos em dispositivos móveis, e que a ideia também é instalar câmeras públicas na cidade. “Isso permitirá que o assinante veja o que acontece em tempo real, e até acompanhe as condições climáticas. Nossa idéia é transformar a TV em uma web interativa”.

fonte : IPnews 

segunda-feira, 4 de março de 2013

Tvs conectadas : subutilização devido a baixa usabilidade


As tv´s conectadas  até agora, não conseguiram  ir além dos limites de sua herança de TV, com pouco uso para sua enorme tela, a conexão com a internet tem sido  usada para fornecer acesso a uma variedade muito maior de fontes alternativas de conteúdo de vídeo .É o que aponta  o mais recente relatório do NPD (https://www.npdgroupblog.com/internet-connected-tvs-are-used-to-watch-tv-and-thats-about-all/)  O relatório constata que  quase seis em cada dez consumidores de TV´s conectadas estão  acessando serviços de  Over-the-Top (OTT) através do dispositivo e negligenciam o uso de aplicativos como Facebook e Twitter . Essa  decisão não é por falta de opção de aplicações,  ela vem do habito de como os consumidores estão acostumados  ​a  interagirem  com  suas TV´s. 
Consoles de jogos, leitores de Blu-ray, e outros dispositivos conectados também oferecem uma variedade de aplicativos, que vão alem da navegação na web do  Twitter ao Facebook . Mas,o resultado  em geral, é que estes não conseguiram entrar em ressonância com o público, até porque existem plataformas melhores, como o bom e velho PC, ou os novos e amigáveis  tablets  e  smartphones, oferecendo os mesmos  serviços com muito mais usabilidade em suas interfaces de navegação. E fazendo surgir o “habito” de usar esses dispositivos enquanto assitem TV ,dando origem ao termo de “segunda tela”.
O único ponto fora dessa curva de desaprovação das Tv´s conectadas são os aplicativos de musica (raidos on line) onde a localização da TV na sala e da disponibilidade de inúmeros aplicativos de streaming de música ,como o Pandora por exemplo, tem impulsionado a aceitação dos consumidores de forma  razoável (cerca de 15 por cento).
 Veja quadro abaixo :
 

Os resultados trazem  boas e mas notícias para os fabricantes de TV. No lado positivo, a TV em si continua a ser o principal agente para assistir conteúdo de vídeo  dentro de casa, e está mostrando uma gama maior de programação por meio de serviços de OTT´s. O que torna claro que os consumidores querem conteúdo de vídeo  em banda larga em suas TV´s.
O ponto negativo começa justamente com o desafio de se  criar uma experiência para o usuário menos  complexa. É hora de se perguntar se as Tv´s conectadas tem realmente a capacidade de se transformarem em um hub de aplicações que vão além das funções de servidor de vídeo, seja ele on line, ao vivo ou gravado. Se fizermos uma rápida analise existem inúmeros dispositivos que trazem a internet para  a TV: os consoles de jogos e os leitores de Blu-ray  já citados aqui, fora esses ,existem também set top boxes IP´s e media centers, alem da prória Apple Tv ,TiVo e etc.
O relatório do NPD aponta também que enquanto 15 por cento de telas HDTV estão conectadas diretamente à Internet, esse número aumenta para 29 por cento,quando levamos em conta estes outros dispositivos. E chama a atenção para os ecossistemas duplos, ou seja, TV´s conectadas que tem um desses dispositivos também conectados a ela, o que cria uma confusa experiência de usabilidade para os consumidores que tem mais de uma forma de acessar os mesmos aplicativos para os mesmos conteúdos . O resultado obvio é que os consumidores não explorem nada mais do que as opções de entrega de conteudo de video. Mas a verdade é que as TVs conectadas normalmente têm interfaces “desconcertantes” que fazem o ato de simples de encontrar e assistir  ou usar seus programas favoritos em uma missão quase impossível . Isso explica o motivo dos apps não terem decolado, a experiência de  tentar usar aplicativos como o facebook ou twitter esta muito aquém do prazer proporcionado por tablets e smartphones.O que explica também o sucesso cada vez maior dos aplicativos para  Segunda Tela, que é muito mais um habito do que própriamente uma tecnologia. A segunda tela nos lembra que voltamo para casa para ver  TV, relaxar e se divertir. Para isso os  televisores devem ter interfaces  agradáveis de usar. Mas ao contrário disso as chamadas smart Tvs tem transformado esses aparelhos nos mais complexos eletrodomésticos dentro da casa. A saída para contornar  esta situação,que é sugerida pelo relatório , é ainda mais paradoxal, os fabricantes precisam se concentrar   "menos em inovação”  e se preocupar cada vez  mais com a simplificação da experiência do usuário.  Como já falei aqui em outros artigos, o sucesso das aplicações interativas começa muito antes do usuário apertar a tecle “Power” do seu  controle remoto, o que demonstra que esta faltando inteligência as “smart tv´s “.
Fontes: