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quinta-feira, 28 de abril de 2016

AUMENTA PRESSÃO PARA QUE ANATEL DEIXE DE REGULAR A QUESTÃO DE BANDA LARGA FIXA


Um período de emoções fortes também nas telecomunicações, e não apenas no cenário político nacional. Desde a semana passada, depois de a Anatel adotar uma medida cautelar que fazia  exigências de transparência  sobre os pacotes de banda larga fixa a serem oferecidos aos usuários, essa iniciativa acabou sendo suplantada pelas declarações do presidente João Rezende na entrevista coletiva, que decretou o fim da “internet ilimitada”,  e responsabilizou  as empresas e os usuários brasileiros por jogarem muitos games, por essa, digamos, irresponsabilidade consumerista. E o mundo veio abaixo.
Não apenas os órgãos de defesa dos consumidores contestaram suas declarações, nem apenas os heavy users, nem (quase) todos os internautas. A Presidente da República, o Ministro das Comunicações, os líderes da oposição, da situação, dos contra o golpe, dos a favor do impeachment,  o senador do PMDB, o deputado do PSDB, a OAB,  diferentes comentaristas, jornalistas dos mais diferentes veículos. Ataques ao site da Anatel com intensidade jamais vista, tirando o portal da agência do ar por várias horas. Memes de João Rezende nas redes sociais. Campanhas pelo impeachment de Rezende. Um milhão de assinaturas recolhidas em dois dias pela internet ilimitada.
E a Anatel recuou., o conselho diretor comunica que decidiu, em circuito deliberativo, publicar nova cautelar por tempo indeterminado, proibindo que as empresas tomem qualquer atitude no sentido de cortar ou reduzir a velocidade da internet após o término da franquia, seja em  contratos antigos, novos ou futuros. João Rezende ficou completamente isolado. Mesmo as operadoras, que deveriam ser as primeiras a explicar o que estava acontecendo, caladas ficaram e vão permanecer assim. Também não se entendem. Algumas estavam furiosas com todo o ocorrido. Afinal, decretar o “fim da internet ilimitada” seria entrar em uma seara que não é muito o papel do Estado. A oferta de banda larga continua a ser um serviço privado, lembram as empresas, e, se vai ter ou não franquia, limite de consumo, ou consumo ilimitado, deve ser uma decisão empresarial.
Ficou claro com essa celeuma que, para a sociedade , para o governo  e para o ministro André Figueiredo, a banda larga é mais do que um serviço privado, é um direito, e terá que ter salvaguardas, a serem estabelecidas na nova modelagem regulatória. Com a repercussão política que gerou, ficou claro também que este é um tema sensível demais para ser tratado apenas como uma questão setorial, e passa a ser encarado como um direito universal. Na mesma sexta feira, a Procuradoria do Distrito Federal foi a Anatel e saiu de lá afirmando que iria instaurar inquérito civil para apurar a legalidade da resolução da Anatel. 
Um dos pontos questionados pelo MPF foi a medida cautelar emitida pela Anatel para proibir empresas de limitar o acesso de usuários da banda larga fixa sem aviso prévio e sem oferecer ferramentas que permitam acompanhar o consumo de dados. Para a 3ª CCR, há indícios de que a agência tenha adotado posicionamento favorável às empresas, sem a segurança de que o consumidor será beneficiado.
Para José Elares Teixeira, a medida cautelar tem efeitos limitados, já que endossa a proposta das empresas telefônicas e não proíbe a venda por franquia. “A medida tem por finalidade, única e exclusivamente, fornecer informações aos consumidores. Nada mais”, reforça Elaeres.
E é por isso que entidades como a Proteste, por exemplo, já não querem mais apenas continuar na mobilização pelo fim da franquia. Em sua nota de hoje, 25, a entidade explicita a posição de que ”  a Anatel sequer tem competência para tratar da questão. Por ser classificada como serviço de valor adicionado, diferente de telecomunicações, a internet fica fora das atribuições da Agência.  ”Esse episódio de tentativa de limite à internet fixa comprova o poder econômico das operadoras que preferem a Anatel regulando a internet, pois neste ambiente têm mais controle sobre o processo regulatório”, destaca Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da entidade. Para a Proteste, o Marco Civil da Internet estabelece que a governança se dará por mecanismos multiparticipativos.
A questão, contudo, é que banda larga é serviço de telecomunicações, conforme estabelece a Lei Geral de Telecomunicações. E todas as redes e serviços de telecomunicações são reguladas pela Anatel. Antes do recuo de sexta-feira, dia 22, da Anatel, o Ministério das Comunicações tinha anunciado que estava negociando com as operadoras a elaboração de uma carta-compromisso sobre os princípios das ofertas dos planos de banda larga, mas agora, conforme fontes do Minicom, estão avaliando quais os próximos passos.
fonte : telesintese

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Estudo da Nielsen Aponta Mudanças No Hábito de ver TV

As formas de ver conteúdo de televisão estão mudando e os consumidores brasileiros estão a par desta realidade. No país, quase 7 em cada 10 entrevistados dizem ver programação Video On Demand (VOD), enquanto a média na América Latina é de 6 por 10, de acordo com o mais recente Estudo Global da Nielsen sobre  Vídeo Sob Demanda.
Quando questionados sobre qual tipo de serviço que atualmente pagam para assistir a programação televisiva, de VOD ou de ambos, a assinatura de TV a cabo se destaca com 56% na região latina e com 47% no Brasil. O serviço online está ganhando importância, mas ainda não é muito expressivo, mantendo-se em 23%, embora seja um dos mais altos na região.
"As opções atuais são tão variadas que, hoje, sentar-se na frente da tela na sala e esperar o programa favorito começar no horário definido não é mais o que os consumidores esperam. O crescimento da programação de vídeo sob demanda traz diversas opções nas quais os espectadores podem baixar ou transmitir conteúdo a partir de um pacote de TV tradicional ou de uma fonte online, criando grandes oportunidades para os consumidores, que agora têm mais controle do que nunca sobre o que, quando e como assistir", diz José Calazans, consultor de mídia da Nielsen Brasil.
Entretanto, entre os entrevistados latinos, os brasileiros, depois dos chilenos, são os que mais planejam cancelar suas assinaturas de TV a cabo e/ou satélite em troca de serviços apenas online (27% vs. 24% da média da região). O impacto a longo prazo do crescimento de assinaturas de serviços online é ampliado, principalmente por sua popularidade entre os consumidores mais jovens das Gerações Z (15-20) e Millenials (21-34). De qualquer forma, o estudo mostra que, atualmente, os serviços online e tradicionais não são mutualmente exclusivos, mas sim complementares. "A popularidade crescente de serviços de vídeo somente online continuará a exercer pressão sobre as redes e sobre os distribuidores multicanal de programação de vídeo, mas uma substituição em massa de um para o outro é improvável. Esse estudo mesmo mostrou que apenas uma pequena porcentagem dos que expressaram o desejo de cancelar o serviço multicanal realmente o fez", comenta Calazans.
De acordo com o estudo, o computador e o celular são os dispositivos mais utilizados pelos brasileiros para ver VOD. Enquanto a média na América Latina de uso de celular para assistir VOD é de 57%, no Brasil esse número aumenta para 61%. O computador, na liderança, é usado por 81% dos latinos e dos brasileiros - um percentual bem expressivo. Outro dado interessante do estudo é que 23% dos entrevistados latinos assistem VOD mais de uma vez por dia e os brasileiros, 24%.
Quando questionados sobre que tipos de vídeos sob demanda assistem mais, os entrevistados brasileiros preferem filmes (89% vs. 88% na região), séries (54% vs. 54%), documentários (42% vs. 45%) e comédias (42% vs. 40%). Programas de TV, esportes, programas infantis e de culinária, dramas e outros também aparecem na lista, mas com porcentagens menores.
Há vários motivadores sustentando o crescimento dos serviços VOD, e um deles é a conveniência. Com 82% de consentimento, a América Latina é a região onde os consumidores dizem que assistem VOD porque podem visualizar o conteúdo em um momento mais conveniente e de onde quiser. Esse índice chega a 84% no Brasil, um dos mais altos do mundo encontrados na pesquisa que comparou 61 países em todos os continentes. Os entrevistados latinos também dizem que gostariam de ter mais opções de vídeo sob demanda. Na região, o índice médio de concordância com esse desejo é de 73% e, no Brasil, 72%.
Mais opções de programação também significam mais mensagens publicitárias. Os consumidores têm contato com um número muito maior de anúncios, porém no Brasil a sensação de saturação é bem menor que a média global. No mundo, 62% dos entrevistados que veem VOD concordam plenamente ou parcialmente que os anúncios online antes, durante e depois da programação VOD causam distração. No Brasil, esse índice é de 51%.
"Pela pesquisa, os anúncios brasileiros conseguem uma melhor aceitação, mostrando aos anunciantes que os consumidores veem valor na publicidade. Entretanto, o valor da proposta precisa estar correto", explica Calazans. "Os anunciantes com maior impacto de marca e vendas serão, naturalmente, aqueles que levarem mensagens relevantes sobre produtos e serviços para as pessoas certas", complementa o consultor. Além disso, 58% dos entrevistados que assistem VOD estão mais ou menos de acordo ou totalmente de acordo que os anúncios em conteúdo VOD lhes dão boas ideias para testar novos produtos ou para prová-los, e mais da metade (66%) diz que não se importa em receber anúncios em troca de usufruir do conteúdo gratuitamente.
Fonte: adnew 

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Proteste lança petição online contra limite de dados em Internet fixa

Com isso, Associação de Consumidores se junta à outras iniciativas parecidas na Internet. Proteste também possui ação na justiça contra a medida das operadoras.

Banda LARGA
A Associação de Consumidores Proteste resolveu lançar a sua própria petição on-line contra o limite de franquia de dados para banda larga fixa adotada recentemente por operadoras brasileiras.
Com apenas 8 mil assinaturas no fechamento da reportagem, a petição da Proteste ainda está longe das mais de 600 mil assinaturas registradas em um abaixo-assinado lançado por usuários no site Avaaz no final de março e que ganhou mais força nos últimos dias.
Limite de dados em planos de banda larga fixa é ilegal, afirma Proteste
Para a Proteste, a medida das operadoras de limitar o acesso da Internet fixa é ilegal e vai contra o Marco Civil da Internet, segundo o qual uma operadora só pode barrar o acesso de um cliente se ele deixar de pagar a conta.
A Associação de Consumidores também entrou com uma petição na 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro (processo nº 0047753-86.2016.8.19.0001) reiterando pedido de liminar na sua ação judicial contra as principais operadoras do Brasil, em tramitação desde maio do ano passado.
Na ação, a Proteste pede que as operadoras Vivo, Oi, Claro, Tim e NET sejam obrigadas a adequar suas práticas na contratação do serviço de conexão à Internet aos termos do Marco Civil. Caso tenha sucesso, a medida valerá para o país todo.
Entenda o caso
Pela iniciativa das operadoras, os planos de Internet fixa (em redes ADSL) ficariam iguais aos planos de Internet móvel. Ou seja, com um limite de dados para acesso. Após essa franquia ser alcançada pelo consumidor, as operadoras poderiam bloquear o acesso ou diminuir a velocidade de conexão.

Assine a Petição aqui :
http://www.proteste.org.br/contraobloqueiodainternet

terça-feira, 12 de abril de 2016

Computador deixou de ser a principal forma de acesso à internet nas residências brasileiras

É o que mostra a pesquisa mais recente do IBGE com dados de 2014. A maior parte da população passou a priorizar celulares e tablets também dentro de casa.

Uma geração que não entende como seria a vida sem o telefone celular e que explica por que o aparelho virou o número um quando o assunto é acesso à internet. Pela primeira vez, o uso do celular para navegar na web dentro de casa ultrapassou a utilização do microcomputador. Segundo o IBGE, em 2014, na comparação com o ano anterior, o percentual de acesso pelo computador recuou de 88,4% para 76,6% nos lares que têm internet, enquanto a proporção dos domicílios que acessavam pelo aparelho móvel saltou de 53,6 para 80,4%. O cenário se inverteu: um ano antes, em 2013, apenas cinco estados brasileiros tinham tablet e celular como única forma de acesso à web prevalecendo. No ano seguinte, a conexão exclusiva pelas tecnologias móveis só não era maioria em cinco estados. Segundo a pesquisadora do IBGE Helena Monteiro, o barateamento das tecnologias explica a mudança.
“Com o barateamente dessas outras formas, até também pela mobilidade de acesso a esse soutros equipamentos, ele tem se tornado cada vez mais presente nos domicílios”, contou.
Segundo o IBGE, mais de 54% das casas do país têm acesso a internet. De 2013 para 2014, a proporção de brasileiros a partir de 10 anos de idade que se conectaram através de outros equipamentos mais que dobrou, saltando de 4,2% para 10,5%. Foi um crescimento de 155,6%, ou seja, 11 milhões de pessoas a mais deixando de lado o velho computador. Foi o que também fez a cabeleireira Danielle Henrique, moradora da Baixada Fluminense. Quando juntou dinheiro para comprar um bom equipamento para navegar dentro de casa, Danielle não pensou duas vezes em investir num celular.
“Eu via meus amigos que tinham computador em casa, todos tinham problema e tinham que ficar gastanta dinheiro consertando. Ai falei, a melhor que computador, o celular você carrega para qualquer lugar”, disse.
A pesquisa também mostrou que se o sinal da TV analógica fosse desligado em todo o país, 15 milhões de domicílios, ou 23,1% dos lares brasileiros, ficariam sem acesso à televisão. De acordo com os dados mais atualizados do IBGE, esse é o número de residências que não tinham a transmissão disponível por sinal digital aberto, nem TV por assinatura ou antena parabólica em 2014. Quase um quarto das residências. É o caso da aposentada Leonor Marques, de 54 anos. Ela diz que, por questões econômicas, mudar o tipo de TV agora não é prioridade.
“Sinceramente, eu não tinha pensado nisso. É um gasto. Como pouca gente assite tv em casa, eu não pensava em trocar, é um gasto desnecessário no momento. Eu sei que vai ser cortado. Pretendo trocar, mas não agora, não por necessidade de achar que preciso ter uma tv digital”, afirmou.
O desligamento piloto do sinal de TV analógico começou a ser feito em fevereiro deste ano, na cidade goiana de Rio Verde. A previsão do Ministério das Comunicações é de que Brasília e cidades do entorno façam a transição para o sinal digital ainda este ano. A maior parte das capitais e cidades próximas deve passar pelo processo até 2018. A pesquisa do IBGE mostra também que, em 2014, a TV digital aberta chegava a quase 40% dos domicílios do país, a TV por assinatura chegava a 32,1% deles e a TV por antena parabólica, a 38%. Entre essas três modalidades, a que mais cresceu foi a TV por assinatura: aumento de 12% em relação a 2013.
fonte: http://cbn.globoradio.globo.com/

7 Tecnologias para se apostar ainda esse ano

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A tecnologia está em constante evolução e é difícil prever o que está por vir, mas sempre há as tendências que mais se destacam e prometem ganhar força ao longo do ano. Para 2016, a Accenture traça sete previsões tecnológicas que podem ser esperadas, com base em pesquisas e interações com clientes.

1. Super plataformas geram um bilhão de novas emissoras
O crescimento, poder e influência das super plataformas - como Amazon, Apple, Facebook e Google - terão destaque na indústria de mídia e entretenimento ao longo dos próximos meses e no National Association of Broadcasters Show, que começa dia 16 de abril, em Las Vegas (EUA). Conhecidas por seus produtos e serviços focados no consumidor, essas empresas também têm infraestrutura, escala e alcance para fornecer super plataformas e serviços de nuvem atraentes e de baixo custo. Durante o evento, esteja atento às notícias sobre ofertas de produtos de vídeo concorrentes que surgiram como um canal cada vez mais importante para os consumidores.
 
Os gigantes das super plataformas estão em um ritmo acelerado de inovação que irá estimular uma quantidade crescente de rupturas radicais para as emissoras. Por exemplo, para o Facebook, o vídeo é uma forma primária de comunicação crescente e o Livestream da empresa é um excelente exemplo. De acordo com o Facebook, a empresa vai capacitar aproximadamente um milhão de novas emissoras, com um público em potencial de mesma proporção, juntamente com uma capacidade de análise para fazer as conexões certas.
 
Considere o que bilhões de novas emissoras poderiam fazer para a transmissão de notícias ao vivo, onde todos tornam-se um cinegrafista. Ao contrário das emissoras que constantemente têm dificuldades para decidir que imagens salvar e arquivar, o Facebook vai reescrever as regras de armazenamento, armazenando tudo.
 
2. A invasão de bloqueadores de anúncios ameaça a propaganda digital
A publicidade digital está sendo ameaçada e essa questão deve ter grande destaque durante o NAB Show. Uma pesquisa recente da Accenture revela uma frustração generalizada dos consumidores com anúncios digitais mal direcionados e um interesse crescente no uso de bloqueadores. A maioria dos consumidores entrevistados disse que os anúncios digitais são muito frequentes e não tratam de seus interesses pessoais. Os bloqueadores de anúncios estão se tornando um aplicativo necessário para esses espectadores, e a crescente sofisticação dessas ferramentas ameaça minar a receita das empresas de mídia e entretenimento.
 
Esses desafios afetam não apenas os anunciantes, mas também editoras, emissoras, provedores à cabo, provedores de serviços de Internet, criadores de conteúdo e consumidores. A expectativa é que haja muitas novidades focadas no que pode ser feito para personalizar o conteúdo da publicidade para os consumidores e em criar um sistema monetário que funcione.
 
O "jogo de gato e rato" entre os anunciantes digitais e provedores de bloqueio de anúncios será um tema importante, ao mesmo tempo que os fornecedores apresentam novas soluções programáticas apoiadas por poderosos mecanismos de análise. Essas soluções poderão fazer uma melhor coleta de dados, de diferentes fontes, e combinar os anúncios com públicos específicos. A publicidade programática também poderá ser vista em vários dispositivos, promovendo uma experiência consistente. Haverá anúncios sobre formatos bem-sucedidos de propaganda, que se beneficiam de ferramentas de análise, possibilitam a interatividade, incorporam textos em tempo real e integram conteúdo e anúncios.
 
3. A realidade virtual torna-se real
O tema realidade virtual ganhará mais importância do que nunca no NAB deste ano. Para os participantes do evento, a tecnologia de realidade virtual (VR) oferece oportunidades financeiras e criativas. A tecnologia abre as portas para a comunicação de novos tipos de histórias e para a venda de uma experiência única de imersão para uma ampla audiência. Um público crescente não está mais assistindo TV linear ou indo ao cinema de forma tradicional.
 
As capacidades técnicas da realidade virtual estarão em exibição em câmeras, iluminação, produção, efeitos especiais, shows, edição, distribuição de mídia, codificação, dispositivos vestíveis, projetores e aplicativos móveis. Os fornecedores, em particular, irão exibir as últimas novidades em VR para esportes ao vivo.
 
Assim como a realidade virtual, a realidade aumentada (AR) também será um tema de destaque. Esta tecnologia pode ajudar diretores a projetarem efeitos pré-visuais em uma cena ao vivo; a realidade virtual pode ajudar produtores a mexer com qualquer elemento de uma cena antes de usá-la. Atente-se aos importantes avanços em computação em nuvem que estarão presentes no back end, processamento de conteúdo VR/AR no front-end, e na distribuição para aplicativos e dispositivos móveis de uma forma que não prejudique a largura de banda. Veja também anúncios e exibições de vários estúdios de VR gerando conteúdo para este mercado.
 
Sob uma perspectiva comercial, o tema de VR focará no desafio de monetizar a experiência e oferecer soluções de baixo custo, personalizadas para o usuário casual, dando-lhes a oportunidade de expressar sua criatividade por meio da mídia. Esta é a única maneira da VR deixar seu nicho especializado e evitar o mesmo destino do 3D. Aguarde por muita experimentação com VR e criação de uma experiência de visualização mais intimista.
 
No All-Star Weekend da NBA deste ano, a liga norte-americana testou a tecnologia freeD da Intel, que permite aos fãs experimentar uma visão de 360 graus para reproduções em suas TVs, no site ou no aplicativo da NBA. A tecnologia ainda precisa progredir antes de atingir todas as telas - independentemente de sua dimensão - mas as empresas vão usar o NAB para explorar todo o potencial da mídia para captura, compressão, transmissão e exibição de conteúdo especificamente para o esporte. Não importa o que a próxima onda de tecnologias poderá trazer para as empresas de broadcasting; entrega rápida, flexível e ágil será fundamental.
 
4. A grande revolução na transmissão: ATSC 3.0
Para as emissoras tradicionais, a versão 3.0 do padrão ATSC (Advanced Television Systems Committee), chamado ATSC 3.0, oferece a melhor chance para competir com provedores digitais, como o Netflix e empresas de tecnologia - incluindo a Apple - que se destacam no mercado digital.
 
O padrão poderia permitir que as emissoras norte-americanas evitem os Distribuidores de Programação de Vídeo Multicanal, que são prestadores de serviços, tais como empresas de TV à cabo que oferecem serviços de programação de vídeo geralmente com uma taxa de assinatura como "Pay-TV". Isso permitiria que os sinais lineares chegassem à maioria das TVs com resolução de vídeo 4K ou HD, incluindo ofertas mais amplas over-the-air.
 
Durante o NAB acontecerão importantes anúncios de emissoras que estão testando ATSC 3.0 com transmissões 4K, interatividade, inserção de anúncio local, guias de serviço e entrega de conteúdo para dispositivos móveis. O ATSC 3.0 será o grande disruptor que a indústria tem reivindicado.
 
O padrão oferece uma plataforma comprovada e acordada para a transmissão de TV digital em redes terrestres, à cabo e via satélite. Também oferece grandes melhorias em relação aos padrões de transmissão antiquados que os fornecedores utilizavam anteriormente. Ao adotar este padrão, eles têm um meio flexível para oferecer uma ampla gama de serviços digitais que variam de 4K a streaming móvel.
 
O padrão ATSC 3.0 deverá chegar à fase final de aprovação este ano. Uma vez formado o consenso da indústria, prevemos que uma série de serviços chegará ao mercado alimentada pelas capacidades do ATSC 3.0.
 
A aplicação mais imediata será em transmissões 4K over-the-air. A entrega de conteúdo de maior qualidade com mais eficiência vai dar ao público uma clara diferenciação entre as emissoras e os melhores provedores. 
 
5. Data Driven Broadcast: o que isso significa?
As mudanças nas expectativas dos consumidores digitais será um tema com enorme destaque no NAB. Os serviços de vídeo devem agora aprender as preferências pessoais e continuamente atualizar, customizar e melhorar as experiências que eles oferecem em múltiplas telas. Todas as experiências em navegação, consumo, publicidade e marketing devem ser relevantes. Caso contrário, os consumidores vão se sentir mais frustrados e estarão menos engajados.
 
Durante o NAB, aguarde por novidades sobre como os dados e as análises podem alimentar a inovação de produtos, marketing, publicidade, criação de conteúdo e operações. Isso significa não apenas "mais comunicação", mas os insights de negócios estarão disponíveis em tempo real, e modelos preditivos e práticos vão estimular e adaptar proposições. As plataformas de fornecedores devem convergir dados de fontes distintas, tradicionais e digitais, e medir o feedback para promover uma experiência em constante evolução e relevante ao consumidor. Sob a perspectiva comercial, o assunto mais popular entre os participantes será a promoção do uso de processos orientados por dados que suportam, em vez de impedir, programas criativos e editoriais.
 
As emissoras estão ousando para abranger decisões e operações baseadas em dados, beneficiando-se de informações do consumidor, da mesma forma que as super plataformas fazem para manterem-se atraentes e rentáveis. A disponibilidade dos consumidores para compartilhar seus dados pessoais em troca de melhores experiências é a oportunidade. Porém, ainda há dúvidas:

Como se tornar um negócio verdadeiramente "orientado por dados"?
Como os editores vão usar dados de consumo para tomar decisões informadas de comissionamento e aquisição, sem deixar de lado a criatividade?
Quais experiências são mais eficazes para influenciar a fidelidade por segmento, aumentando os principais indicadores de desempenho críticos de conteúdo consumido por "sessão"?
Quais formatos e temas de anúncios terão melhor repercussão em cada segmento de consumidor?
Quais consumidores são mais propensos a comprar assinaturas premium?

6. Urgência na entrega de conteúdo digital
As expectativas dos consumidores estão crescendo mais rápido do que nunca. Estimulados pelas mídias sociais, esses consumidores são agora mais engajados e tecnologicamente alfabetizados. Suas expectativas são mais elevadas. Neste turbilhão de constante mudança, em nenhum lugar este ritmo é mais rápido e amplo do que no mundo dos esportes. O público de grandes eventos como futebol, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos continua forte. As emissoras estão investindo milhões de dólares em acordos de exclusividade para garantir que provedores over-the-top concorrentes continuem a ser o único veículo para a entrega de vídeo em uma TV ou dispositivo móvel.
 
Esteja atento às novidades sobre a expansão de conteúdos esportivos em dispositivos móveis e na Internet, à medida que os provedores buscam usar este ativo para reforçar suas estratégias digitais e investimentos. A entrega de conteúdo em dispositivos será um assunto em alta no NAB. Espere por notícias sobre como a tecnologia em nuvem será um facilitador importante desta capacidade. As emissoras de esportes estão usando a nuvem para gerenciar melhor as exigências de largura de banda para livestreams e reduzir os custos de produção. Considerando que antes elas ofereciam este conteúdo online de graça, agora elas estão à procura de formas para lucrar.
 
Para lidar com este ritmo frenético de mudança é crucial criar organizações de entrega que estejam abertas à mudança e inovação, e incentivar a transparência e previsibilidade, reforçada pelo apoio aos processos para assegurar uma produção de alta qualidade. As equipes precisam oferecer produtos aos consumidores com mais rapidez e reiterar com agilidade com base no feedback.
 
Especialistas técnicos e equipes complementares devem ser incorporados em uma "fábrica" eficaz criada para apoiar os objetivos e as capacidades da empresa. As organizações bem-sucedidas devem aproveitar esta oportunidade, alimentar a inovação e basear-se nos insights que ela traz.
 
7. O cancelamento de assinaturas (cord-cutting) não irá acabar com os canais à cabo
É um mito dizer que as empresas de TV à cabo estão enfrentando seus últimos dias de existência. Enquanto provedores over-the-top (OTT) estão desfrutando da onda de sucesso com produção de conteúdo próprio e contratos internacionais, a TV à cabo e as emissoras mantêm algumas vantagens distintas que vão mantê-las no mercado. Este será um assunto de destaque no NAB.
 
Embora uma pesquisa da Accenture forneça evidências de que os espectadores estão assistindo mais shows e filmes em dispositivos móveis, ainda acreditamos que provedores à cabo, emissoras e provedores de TV paga mantêm uma posição de força.
 
A visualização pode estar fragmentada, mas os consumidores estão nos dizendo que ainda valorizam plataformas confiáveis com conteúdo popular (ex: eventos esportivos ao vivo) pelo qual eles recebem uma conta. Apenas os provedores à cabo podem oferecer esta experiência premium.
 
Um pacote completo OTT continua a ser uma proposta cara e complexa, que representa um desafio para a maioria dos telespectadores. O ônus está sobre eles para montar um pacote com vários provedores. Mesmo assim, eles ainda não conseguem assistir aos shows que querem. Este será um assunto importante para acompanhar no evento.
 
Aguarde também notícias sobre mais inovações nas empresas de TV à cabo e emissoras na arena digital. Por exemplo, haverá novidades sobre integração cruzada entre as plataformas digitais e set-top boxes, ferramentas de descoberta de conteúdo mais inteligentes, e opções fáceis de usar offline e time-shifting. Da mesma forma, os provedores OTT vão demonstrar que também podem oferecer uma experiência de transmissão superior com a mesma qualidade do cabo. Integração e menos complexidade serão uma característica definitiva de suas ofertas. Pode levar um tempo, mas eventualmente cord-cutting vai se tornar uma realidade, mas não agora.

Desoneração de TVs gera otimismo e dúvidas no Polo Industrial de Manaus

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Representantes da indústria instalada na Zona Franca de Manaus (ZFM) veem com otimismo e dúvidas, eventuais impactos positivos, que o projeto do Governo Federal de desoneração fiscal poderá trazer à industrialização de aparelhos de televisores de 32 polegadas. Com o intuito de facilitar o processo de desligamento do sinal analógico no país, o Ministério das Comunicações estuda a possibilidade de desonerar os encargos tributários cobrados às empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), área que reúne maior parte das fabricantes de aparelhos eletroeletrônicos.
A medida, que ainda está em discussão no âmbito federal, poderá resultar na redução do valor final das TVs de até 32 polegadas. A proposta é facilitar o acesso da população aos aparelhos. Para os empresários, a alternativa é positiva. Porém, eles avaliam que a redução no valor do produto, neste período de dificuldades financeiras, não representa sinal de impulso ao consumo.
Segundo a assessoria de comunicação do Ministério das Comunicações, a hipótese foi apresentada ao Ministério da Fazenda, que deverá determinar, por meio de um estudo, o impacto sobre os cofres do governo. A assessoria ainda informou que após essas discussões internas as informações serão transmitidas à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e logo, aos empresários do PIM. Porém, o departamento não soube prever quando o repasse das informações deverá acontecer.
A desoneração em estudo alcançará aparelhos de até 32 polegadas por meio de redução de tributos federais e estaduais. No caso dos produtos fabricados no PIM, o abatimento poderá ser feito nas tributações das taxas de Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). O objetivo do governo federal é que a população consiga adquirir uma TV de 32 polegadas por cerca de R$ 500.
Para o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus (Sinaees), Wilson Périco, qualquer medida que gere redução nos custos favorece a comercialização. Mas, ele alerta que neste caso não se trata somente  de fabricação do produto, mas também da situação econômica, do poder de compra do consumidor amazonense. “Hoje, passamos por uma retração no consumo por conta de queda no poder de compra do cidadão. Até mesmo quem está empregado não está disposto a fazer novas compras. Não vejo pessoas trocando o televisor por conta da migração entre os sinais analógico para o digital”, disse. “A alternativa de reduzir a carga tributária é bem-vinda, mas isso não deve forçar o consumidor à compra. É o próprio cidadão quem deve definir se compra ou não”, completou.
Périco comentou que o quantitativo de aparelhos armazenados nos estoques das fábricas é elevado. Um detalhe é que todas as TVs, hoje, são fabricadas para o recebimento de antenas para o sinal analógico ou digital.
Na avaliação do vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, todas as medidas que desonerem o processo produtivo ou até mesmo o logístico, tornam o produto mais competitivo. “A incidência sobre o percentual de PIS e Cofins será bem-vinda desde que não cause qualquer tipo de burocracia na produção. Isso vai impactar de forma positiva na competitividade dos produtos.Devemo s considerar, também, que os televisores de 32 polegadas são os que mais têm saída e essa medida facilitará ainda mais o acesso do consumidor”, ressaltou.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que entre um mil domicílios particulares que tinham televisão, 963 apresentavam recepção de sinal digital de televisão aberta; 438 tinham aparelho com recepção de sinal digital de televisão aberta; 165 afirmaram ter somente aparelho com sinal digital de televisão aberta; e 502 não tinham recepção de sinal digital.
Outras alternativas
O Ministério das Comunicações ainda trabalha com outras duas alternativas para evitar que milhões de brasileiros fiquem sem acesso à programação televisiva após a migração definitiva que deverá ocorrer até 2018 em todo o país. A primeira alternativa é a distribuição de um cupom para a população de baixa renda atendida pelo Bolsa Família. Com o cupom a pessoa poderá comprar um conversor ou uma TV nova. O valor será de aproximadamente R$200.
A segunda opção é a distribuição de conversores para as famílias de baixa renda. Essa  medida foi implantada na cidade de Rio Verde, em Goiás, primeira cidade a ter desligado o sinal analógico. Conforme o ministério, a definição sobre a metodologia a ser utilizada será definida até o final deste mês.
Cronograma da transição de sinais
No início deste ano o Ministério das Comunicações publicou um cronograma de transição do sinal de TV analógico para o digital no país. Brasília é a única capital que migrará totalmente para o sinal digital neste ano. No decorrer de 2017 será a vez de todas as capitais da região Sudeste e do Nordeste. Em 2018, a transição para o sinal de TV digital incluirá as capitais e principais cidades das regiões Sul, Centro-Oeste e Norte.