O nascimento de um novo conceito: O Teleparticipante

Uma das principais caracteristicas da TV Digital Interativa é que as possibildades de interação com os quais os telespectador se depara, geram uma quebra do fluxo continuo da programação de TV. Essa quebra de fluxo continuo esta mais próxima da linguagem multimidia do que própriamente da forma de se ver TV, pois ela insere elementos de hipertexto,com links e associações. Isso muda substancialmente a forma como o telespectador esta acostumado a se relacionar com a TV,e gera nele a necessidade de “aprender” um nova forma de assistir TV.Com isso a TVDigital Interativa gera uma mudança cultural que vai muito alem da mudança tecnológica. Trazendo a tona, novos modos de pensar, agir e sentir para a experiencia de assistir TV. Neste sentido ao modificarmos a cultura do telespectador (em função também da nova linguagem de produção do conteudo audio visual), tambéms estaremos gerando mundanças na maneira de como as pessoas adquirem conhecimento e na forma como entendem o mundo a sua volta. Estaremos por fim, vendo o nascimento de um novo conceito. O conceito do Teleparticipante.
Até hoje o conceito de telespectador é o de um sujeito passivo diante da programação. Através dos recursos interativos, da possibilidade de personalização da grade de programação , de gerar conteúdo etc, nasce o Teleparticipante, que vem para quebrar o paradigma da grade de programação com horários pré-definidos ,esse Teleparticipante ,que é o usuário da TV Interativa; é o novo conceito de publico que passaremos a lidar.
E quem é o Teleparticipante. ?
O Teleparticipante, não é um heavy user em informatica,ou coisa do genero ele é o telespectador trazido para dentro da TVDigital ,convidado por interfaces graficas amigaveis e aplicativos minemonicos e auto-explicativos que abrem toda uma gama de facilidades ainda não experimentadas.
O Teleparticipante poderá manipular informações ao longo da exibição do programa( ou responder a estimulos do apresentador de um programa de auditório,ou enviar questões para um talk show).
As opções de interação aparecem na tela por meio de “icones”, que podem ser acionados pelos botões interativos do controle remoto. Os botões abrem as camadas interativas e permitem a navegação dentro dessas camadas. Dessa forma vemos que o controle remoto deve ser entendido como a extensão da interface entre o Teleparticipante e o sistema Interativo. O controle remoto é a porta de acesso para a interatividade, por isso alem de funcionalidades de controle remoto, deve-se pensar nas funcionalidades e usabilidade das teclas interativas, onde a navegação pelos menus e interfaces deve ser a mais simples possivel, aproveitanto ao maximo a familiaridade que o antigo telespectador tinha do aparelho de TV.

Mapas de Resolução de Video

Encontrei as figuras abaixo navegando na Web e achei interessante compartilha-las.

Interatividade 2

Apesar de todas as vantagens trazidas com a TVDigital entre elas:
Imagem superior ao DVD. (Alta Definição),
SOM de CD ( em breve 5.1 e muito mais ).
Muitos ainda podem se perguntar interatividade pra que ?
Temos conteúdo para a tão falada interatividade, será que não estamos querendo transformar a TV em PC ?
Não se enganem, TV não é PC. Os recursos interativos devem ser tão inteligentes e amigáveis o quanto possível para atrair novos clientes e fidelisar os que estão na base. A simples bandeira de interatividade sem um real propósito e mais ainda sem uma bom modelo de negócio atrelado a ela, não resultara em receita instantânea mas sim na fuga dela.
O uso racional e criativo da interatividade é que tornará o diferencial estratégico entre as empresas ; mostrando que a união entre usabilidade e interface gráficas amigáveis começam muito antes do usuário apertar o botão “Power” do Set Top Box.
Assim, não ira demorar muito para surgir um novo conceito chamado de TV Conectada.
E a presença de um novo membro na sala de estar que eu chamo de : Teleparticipante.
Falarei mais sobre ele no próximo post.

Interatividade com Conteúdo de Real Valor Agregado

A digitalização das transmissões devem proporcionar meios de oferecer serviços interativos de valor agregado muito maior do que Jogos , E-mail ou Estatísticas do Campeonato de Futebol.
Os conceitos de TV Conectada e de Interatividade que começam a surgir devem ser compreendidos como um modelo para todos e não só para esse ou aquele segmento de usuários.
A TV Digital Interativa deve contribuir com a oferta de utilidades publicas como:
Acesso a saldos do FGTS
Marcação de Consultas (SUS)
Pagamentos de Impostos
Requisição de Certidões
Isso dará maior proximidade e transparência alem de uma melhora dos serviços prestados aos usuários.
Não estou falando de Inclusão Digital . Estou falando de Interatividade com serviços de real valor agregado.Estou falando de Mídias que entreguem algo de real valor ao usuário!
O que toda companhia quer é a fidelização de seus assinantes,(no caso das TV´s por Assinatura, dos provedores de serviço e etc.) pois eu lhes digo que, serei fiel e pagarei sem pestanejar a qual quer empresa que facilite a vida de meus pais ,de minha família e a minha própria . Oferecer serviços realmente diferenciados que vão muito alem das estatísticas do Big Brother ,ou o samba enrredo da escola preferida é que determinarão o grau de “cumplicidade” (fidelidade) entre usuário e provedores de serviços Interativos.
E eu espero sinceramente que isso se torne uma tendência entre as empresas que desejarem utilizar a Interatividade como bandeira.

Ainda sobre a CES 2010

Uma outra tendência que já surgiu a algum tempo e também estava fortalecida na CES 2010, é a presença da Internet em tudo, ou conectividade para qualquer hora em qualquer lugar.
Montadoras como a Ford apresentaram o sistema My Ford Touch, que conecta o celular 3G ao computador de bordo do carro e permite o usuário ficar on line . Assim como a Chevrolet que também tem um aplicativo que permite seu celular se transformar no computador de bordo e controlar entre outras coisas : como anda a bateria do carro,a gasolina ,a velocidade etc.
Televisores com Wi-Fi e tocadores de Blue Ray com interface Lan estão cada vez mais presentes e seguindo essa tendência, empresas visionárias como Skype tem iniciado parcerias com fabricantes como LG e Panasonic para oferecer serviços de vídeo chamada em Alta Definição.

As empresas de entretenimento, tais como Walt Disney estão buscando tecnologias que permitam aos consumidores comprarem filmes ou programas de televisão,para vê-los em vários dispositivos.
Uma iniciativa semelhante, chamada de "Content Ecosystem" , visa criar um único "lugar", que detenha todos os filmes e vídeos comprados por um
espectador,e que isso lhe permita acesso em diferentes dispositivos.

Uma empresa que distribui filmes por Streaming chamada Vudu, ja assinou acordos com
Samsung, Sanyo, Sharp e Toshiba e esta estreitando seus relacionamentos com a LG, Mitsubishi e Vizio para integrar os seus serviços de filmes com os produtos dos Fabricantes de TV. 
Por sua vez os Fabricantes de televisores estão correndo para abraçar Serviços de Filmes pela Internet como: Netflix's Watch Instantly e Blockbuster OnDemand . Eles dão aos consumidores mais razões para comprar Televisores conectados na Internet, pois em muitos casos os próprios fabricantes ficam com uma parte da receita gerada pela compra de filmes a partir de seus televisores.
É uma tendência que surge, mas tudo isso ainda não é o que eu espero como consumidor para os serviços de Interatividade. Estou a espera de serviços com real valor agregado, e não apenas Caça Niqueis de entreterimento.Falaremos mais sobre isso em um próximo post.

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Consumer Electronics Show (CES) 2010 o Futuro é 3D!

Ainda não sei dizer se essa é a nova moda do dia ou uma mudança significativa na tecnologia de televisão; só o futuro pode responder a isso...
Mas a verdade é que este é o ano da TV 3-D na Consumer Electronics Show (CES). Impulsionado pelo sucesso de bilhões de dólares do ultimo filme de James Cameron, "Avatar 3-D ", a maioria dos fabricantes de eletrônicos se juntou para empurrar o 3-D como a esperança de venda paro aos consumidores.

Apesar de muitos na indústria permanecem céticos em relação às perspectivas de longo alcance para radiodifusão televisiva 3-D. Os Fabricantes de equipamentos de vídeo estão prevendo que os consumidores vão pagar mais de US $ 2000 por uma tela de 42 polegadas em 3-D.(acompanhada de oculos especiais para cada um da familia).

Com efeito, na CES, é claro que todos os principais fabricantes de televisão estão produzindo televisores 3-D, compatíveis com Blu-ray DVD players para 2010. (Da Samsung 3-D com seu painel LCD que é tão fino quanto um lápis e que converte conteudo-2-D em 3-D na mosca. Isso inclui tanto o conteúdo de DVD quanto deTV aberta). 

O Blu-ray Disc Association no mês passado chegou a um acordo sobre uma norma única para a gravação e reprodução de filmes em 3-D em discos Blu-ray. O movimento é o começo de uma ampla iniciativa para fazer 3-D substituir produtos HDTV.
E claro a indústria dos jogos não poderia ficar fora dessa mania, e ja esta previsto o PlayStation 3 em 3D ainda para esse ano.
Preparem-se 2010 começa prometendo muitas novidades, resta saber se todas elas se concretizarão.

Perfis de Interatividade parte 1

O Conselho Deliberativo do Fórum SBTVD definiu em sua última reunião, os recursos que vão integrar cada perfil de produto para a interatividade do padrão nipo-brasileiro, tecnicamente denominado ISDBT. Assim, foi dado mais mais um passo importante na evolução tecnológica da TV digital brasileira.
De acordo com as deliberações, todos os perfis preservam a identidade e a arquitetura baseada em NCL e Java DTV. Também está definido que o canal de interatividade poderá ser acrescido como uma funcionalidade independente.
O primeiro perfil terá recursos de monomídias como texto, fotos e imagens animadas. Isso vai possibilitar a disponibilização de aplicações que permitam ao telespectador interagir com vários programas de TV.
O perfil seguinte será acrescido da possibilidade de transmissão de aplicações de clipes de áudio e vídeo, permitindo, por exemplo, funcionalidades como “tira-teima” de jogos de futebol em mini-telas ao lado da imagem principal, entre várias outros recursos comerciais e lúdicos que poderão ser desenvolvidos e implementados pela indústria.