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terça-feira, 15 de março de 2011

OVER THE TOP (OTT) E O FUTURO DOS BROADCASTERS



No passado:
Over the Top: uma frase militar derivada da guerra de trincheiras da Primeira Guerra Mundial .
No futuro:
Over the Top: conteúdo de vídeo entregue através de meios alternativos ; popularmente conhecido como OTT TV.

A entrega de vídeo via Internet diretamente nos dispositivos dos usuários conectados, permite acesso em qualquer lugar, a qualquer tempo ao seu programa favorito, ou noticia que esteja procurando. Muitas das barreiras à implementação massiva dos serviços OTT TV estão sendo suplantadas e com isso, abre-se o potencial de transformar a face da indústria de TV, criando novas oportunidades de negócio para os players existentes e também possibilitando novos entrantes.
Agora que muito conteúdo em vídeo está disponível online, a grande pergunta é: Sera que no futuro, a programação de TV migrara inteiramente para a Internet, deixando para trás os tradicionais provedores TV aberta, TV a cabo e TV via satélite ?
Obviamente ainda vai levar algum tempo para que os serviços OTT possam competir com os provedores tradicionais, principalmente no que tange aos padrões de programação entregues pelos broadcasters brasileiros. Porém o que parece ser um caminho sem volta, é que cada vez mais e mais aumenta a demanda por vídeos online, os provedores de serviço e desenvolvedores de hardware (fabricantes de TV , media center,HomeTheater) estão disputando o espaço nas salas dos usuários e as soluções OTT TV parecem ser a killer aplication do momento. (embora não tenham um modelo de negócio bem definido).
Podemos destacar 3 razões para que o OTT TV tenha um grande impacto na industria de midia:
Razão um: Customização
A uma repulsa do publico jovem em não assistir TV, mas sim de “produzir” sua própria grade de programação e o OTT TV nesse sentido torna-se uma peça-chave para que conteúdos e serviços relevantes possam ser customizados para esse tipo de consumidores;
Razão dois:Conteúdo é tudo, não importa de onde vier
Para o publico leigo, conteúdo é conteúdo não importa da onde ele vem ( por cabo, pela Internet ou por Satélite), ancorados nessa visão, novos players de dentro e de fora da indústria surgirão para desafiar os operadores existentes, oferecendo aos usuários muito mais opções de escolha, pois o novo mantra entoado pelos players de OTT TV é : “O conteúdo é tudo”;
Razão três: Necessidade de Novos modelos de negócios para os Broadcasters e Operadoras
Ainda sobre a personalização da chamada grade de programação, veremos os usuários sendo capazes de construir portais de conteúdo personalizados ,agregando uma variedade de diferentes provedores de conteúdo, (incluindo os principais estúdios), isso fara surgir a necessidade de novos modelos de negócio que aproveitem as facilidades da integração de produtos e tecnologias, teremos então uma nova base de competição, a de consumo de conteúdo e não mais só de audiência.
Através dessa razões veremos então uma "Briga de gigantes" onde,as operadoras procurarão se consolidar ou formar alianças para competir contra esses prestadores de serviço OTT (Nomeadamente o GoogleTV e CIA) Essas Mega-operadoras devem criar serviços premium de conectividade e de conteúdo digital convergente, mas isso são puras especulações.
A única certeza até agora , como já disse antes, é que a Internet criou uma nova geração de consumidores de vídeo, com expectativas elevadas em relação a liberdade e flexibilidade da grade de programação, é através dessa nova ótica (tendência) que as operadoras devem enxergar o futuro.
Do meu ponto de vista, acho que o OTT é algo que os Broadcasters devem prestar atenção.Não só por que isso esta redefinindo o modelo de negócio de distribuição de vídeo,mas também todo o ecossistema ao redor dos dispositivos que estão se integrando aos televisores. Se antes, era impensável agregar uma placa de rede a uma TV, hoje descobrimos que Isso irá conduzir novas relações e relacionamentos e reordenar todos os outros existentes.
No passado com o surgimento do Triplo Play, onde as operadoras de cabo pareciam “ameaçar” as operadoras de telefonia com seus serviços de Voz sobre IP (VoIP). Hoje os serviços concorrem juntos. Hoje portais da Internet como o You Tube (Google) parecem ameaçar os Broadcasters, pois usam uma porta de entrada nunca antes imaginada na TV ( O IP). Mas isso deve ser momentâneo, pois o novo sempre assusta ,a saída (me parece) é tratar os serviços OTT, como é tratado a retransmissão do sinal da programação aberta para as oberadoras de Cabo e Satélite. Ainda que falte uma regulamentação para os serviços OTT, os Broadcasters devem trabalhar novos negócios no ecossistema OTT com as empresas que controlam os dispositivos e interfaces dos consumidores.
Se os Broadcaster forem capazes de vincular-se aos serviços OTT com modelos de negócio próximos do utilizados hoje para cabo e satélite eles ampliaram em muito sua presença entre o publico jovem que odeia sua grade de programação .
É importante entender, o que realmente define o modelo de negocio são os dispositivos que controlam o acesso as redes de serviços, sejam eles set top box , players de stream (embutidos ou não em televisores) ou consoles. 
O desafio que o OTT traz a este mercado, é que novos tipos de set-top boxes estão conectando a televisão a Internet e isso rompe o ecossistema que cresceu em torno do aparelho de televisão e isso é um mercado com o qual as operadoras de Tv por assinatura e os broadcasters ainda não sabem como lidar.
Porém ainda existem barreiras técnicas e juridicas a serem vencidas (Principalmente para os países da América Latina ).
As principais barreiras à adoção da OTT TV são:
  1. OTT TV precisa de dispositivos que suportem os seus novos padrões para tornar-se presente massivamente em qualquer lugar (ubiqüidade);
  2. Limitações de banda das atuais conexões, na maioria ADSL, impactam na qualidade requerida pelos conteúdos HD.
  3. Com exceção de determinados nichos, os custos ainda favorecem distribuidores tradicionais, no entanto com a queda de preços dos serviços IP essa diferença tende a desaparecer;
  4. Não podemos esquecer dos provedores de backbone ,eles são a “estrada” por onde os serviços de stream do OTT correm, e logo vão querer colocar restrições ao transporte deste tipo de tráfego; caso não sejam incluídos no modelo de negócio.

    É preciso lembrar que usabilidade nestes novos serviços é a palavra chave para cativar os usuários inexperientes e encantar os já “antenados” com a tecnologia. ( Lembrem-se TV não é PC).
No fim, o futuro sera IP. E cada vez mais e mais nossos televisores serão centrais de entreterimento e informação comandados por um publico livre .






7 comentários:

  1. Considerando os gadgets para OTT e criar facilidades para que os espectadores assitam TV via Internet sem ter que abandonar seus televisores, já existe muita coisa boa no mercado. Veja em www.igugu.com.

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  2. Sua análise é muito boa! Mas seu português é péssimo ao cubo! Coloque seu texto num corretor ortográfico antes de publicar qualquer coisa!!! Ass: Um amigo

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  3. Obrigado, e você tem razão repassei o texto e dei uma melhorada...

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  4. É necessaria alguma outorga para iniciar serviços de OTT? Ou seja, se minha empresa quiser começar a comercializar tais serviços, como fica a ANATEL na história? Em que categoria se enquadraria? Serviços de TV por assinatura?

    Obrigado

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  5. na verdade serviços de OTT estão vinculados a TV por Assinatura, NET, E TELEFONICA tem realizado trabalhos e testes com isso. Mas com a nova regulamentação que abre espaço para as operadoras de internet oferecerem serviços de TV, o OTT só tem a crescer também com esses novos entrantes.
    Quanto a ANATEL ela não regulamenta esses serviços mas os proprios provedores de conteudo como FOX, HBO etc só permitem transmissão de seus conteudos atraves de criptografia e DRM ,então eles na verdade acabam regulamentando isso...

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  6. Muito bom o texto .A massa em breve vai ter condições de veicular seus videos .Imaginem Karl Max vendo isso ehhhhh.

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  7. Olá, muito bom esse texto. Gostaria de tirar umas dúvidas.
    Estou um pouco perdido a respeito da regulamentacao. As operadoras de TV querem que serviços OTT paguem além dos mesmo impostos o Condecine. Queria saber o que vocês acham a respeito disso? Se serviços OTT realmente tem que acarcar com esses mesmos tipos de impostos, ou se teria que haver um outro tipo de regulamentação. Uma das críticas a Netflix tbm, é que ela trata diretamente com o consumidor, não precisando de uma operadora, essa reclamação também é válida?

    Aguardo um luz, porque não tenho uma opinião totalmente formada. Mas penso que deveria ser algo novo, cito sempre o exemplo da charrete e do carro. Uma vez que a tecnologia avança , introduzindo um novo modelo de serviço, não é correto aplicar as leis existentes. Correto?

    Obrigado!

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