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sexta-feira, 18 de março de 2016

Sistemas Hibridos Exigem Profissionais Hibridos! Como a Transição SDI para IP esta mudando o workflow dos Broadcasters !

Esse ano nos Estados Unidos os televi­sores 4K começam a baixar de valor (conforme já prevíamos ) e isso motiva a indústria a produzir em 4K.
De todas as formas, o pro­blema é que produzir em 4K ao vivo é difícil e trás a necessidade de muitos equipamentos, já que exige qua­druplicar toda a estrutura HD existente e adquirida a pouco tempo .Como saída a esse impasse surge a idéia das redes IP e sua escalabilidade, já que uma produção em 4K não pode ser su­portada por cabos SDI. E nesse pon­to que a maioria dos broadcasters estão hoje , na necessidade de uma transição para o mundo IP.
É claro que todos querem que essa transição para o IP seja a mais suave possível. Porem falar em IP e 4K é algo ainda um pouco longínquo , por isso preci­samos de equipamentos que sejam SDI, mas que possam ser transformados (ou transportados) para estruturas IP, surgindo assim verdadeiras estruturas híbridas, pois muitos no mercado acreditam que essa transição do SDI para o IP possa demorar pelos menos 10 anos, um período muito lento de transição para processos que mudam ao sabor dos ventos tecnológicos .
E esses ventos não param de soprar e trazer transformações, podemos aqui enumerar quatro delas:
  1. Captação e Distribuição de Video Por IP
  2. Operação em Nuvem
  3. Virtualização
  4. Alteração do workflow dos Broadcasters , que muito bem pode ser entendido como
uma resposta as outras três transformações citadas .
Com a nova sé­rie de especificações do SMPTE para tráfego de vídeo em banda base so­bre IP, uma onda de grandes trans­formações deve iniciar para osbroadcasters , com novas possibilidades de produtos e serviços em rede, virtuali­zação ou em nuvem.
Tudo isso espera-se deve gerar novos modelos de negócio e novas abordagens nos projetos exigindo tanto da equipe técnica quanto gerencial,o uso de quebra de paradigmas.
Um dos principais argumentos para começar a trabalhar com IP ,se­ria a diferença das interfaces, nas quais há de se considerar, por exem­plo, que no SDI existe uma banda garantida e finita, já no IP quem define a banda é o operador. Outra diferença também importante é que no SDI as conexões físi­cas são estáticas, ja no IP existe á dinâmica dos switches e roteadores. E por fim não podemos nos esquecer que no primeiro trafega-se um sinal de cada vez, enquanto no IP podemos ter múltiplos sinais.
O que nos leva a pensar no item “b” e a possibilidade de operação em Nuvem (cloud) porém para isso é preciso que a operação esteja em IP, o que exige a minucioso processo de analise de o que fazer e como fazer , para cada situação. Em uma emissora temos diferentes necessidades convivendo muitas vezes em paralelo, e todas essas necessidades devem ser enxergadas como “clientes da solução IP”.
O “cliente” pode trabalhar em uma rede pública ou privada dependendo do momento e do sistema que se precise utilizar, (como por exemplo, um sinal de contribuição jornalístico ou uma partida do campo de futebol de várzea )o que pode gerar a necessidade de combinar interfaces SDI e IP na mesma plataforma ,gerando assim a necessidade de se trabalhar com sistemas híbridos.
O que nos leva a pensar que em um futuro próximo as topologias de sinal e plantas broadcasting precisam passar por uma padronização, pois não se pode “crescer desordenadamente”, sem querer que isso não crie um caos nas estruturas de workflow futuras. Esse é ao meu ver um dos maiores desafios do momento ,pois ele permitira entender que a informação está em todo lugar mediante a conexão de diferentes dis­positivos que podem ser dominados através do Big Datae que, como o relacionamento humano nas redes sociais, gera comunicação direta en­tre os indivíduos no mundo físico, tudo isso pode virar noticia ou ser fonte de furos jornalísticos por exemplo.
Todas essas mudanças nos processos do negócio chamado TV, vão forçar as transformações nos processos que remodelarão as empresas para que estas possam trabalhar em multi-plataformas, permitindo que elas possam entender que diferentes dispositivos podem ser transformados em terminais que acessam serviços ou pode acessar dados armazena­dos em servidores conectados à Internet.
Esses servidores podem estar fisicamente na emissora ou em qualquer lugar da Nuvem, gerando a tão famosa virtualização que tanto se fala.
Dessa forma estamos no momento mais que propício para desenvolver o roteamento de vídeo em IP que funcione com qualidade.Para que desta forma, possamos projetar redes de fluxo de sinal híbrido SDI e roteamento IP, permitindo dessa forma por exemplo que seja possível utilizar inclusive redes SDN´s (do inglês Software-Defined Networking, ou redes definidas por softwares ) em estruturas de vídeo broadcast, o que daria uma vantagem competitiva e econômica sem precedentes ,sob as estrutura puramente de SDI utilizadas hoje uma vez que as redes SDN propõe um arquitetura dinâmica, gerenciável, adaptável e com um custo-benefício mais adequado, tornando-se a plataforma ideal para a alta largura de banda e a natureza dinâmica das aplicações de hoje.
Um dos principais motivadores para substituir a arquitetura de rede convencional para uma Rede Definida por Software, é o seu desenho alinhado com as principais tendências de mercado:
  • Nuvem Híbrida: Sistemas distribuídos geograficamente através de nuvens públicas e privadas demandam um gerenciamento de tráfego extremamente flexível e acesso à largura de banda sob demanda.
  • Big data: A era do zetabyte significa mais largura de banda, conectividade e acesso aos sistemas do Data Center.
  • Ainda é possível atribuir como vantagem da arquitetura SDN, a dificuldade das atuais redes convencionais em crescerem na escala e na dinâmica que se precisa.
Se pensarmos na Lei de Moore, que afirma que a cada dois anos a capacidade dos dispositivos digitais dobra. E que os roteadores Ethernet sofrem a influência dessa mesma Lei e ainda, que a tecnologia do vídeo SDI não tem como concorrer com isso, pois notadamente tem uma acelera­ção menor, uma vez que em termos de mercado, os roteadores crescem em escala econômica mun­dial , enquanto as soluções de SDI estão baseadas em soluções especificas para o mercadobroadcaster , que notadamente é me­nor, porque quanto mais especifico é o produto para um determinado mercado mais caro ele fica. Tudo isso nos explica porque tanto fabricantes quanto consumidores estão migrando de soluções proprietárias para soluções chamadas de COTS (Comercial Off-The-Shelf System) para ajudar a abaixar os preços e se tornarem mais competitivos.
Os COTS, são concebidos para serem facilmente aplicados em sistemas já existentes, sem a necessidade de personalização, motivações para o uso de componentes COTS incluem esperanças para redução do sistema de desenvolvimento e custos globais (como componentes podem ser comprados ou licenciados em vez de ser desenvolvidos a partir do zero) alem da possibilidade de reduziu os custos de manutenção a longo prazo. Essa ideia não é exatamente nova, já que desde a década de 1990 muitos COTS foram extremamente eficazes na redução de custos e tempo no desenvolvimento de softwares.
Por fim a migração para IP, quer seja fácil de aceitar ou não se dará por força das necessidades, pois com o IP é possível agregar banda virtual­mente para novos formatos como UHD (4K, 8K etc) e virtualizar tanto a rede, como os equipamentos, porem nem tudo são flores, e isso vai fazer com que outros problemas surjam, uma vez que se hoje já “não vemos o vídeo digital ” como deveríamos,pois faltam “analises” em todas as fazes do processo de captação, edição e distribuição.Imagine em um mundo puramente IP, onde nossos analisadores de espectro estarão marginalizados a figura de encosto de porta .
Por isso a tendência a curto e médio prazo é um mundo hibrido entre o SDI e o IP, que exigira também a presença no mercado de profissionais “hibridos”, que sejam capazes de navegar no mar de bits no mundo IP, tanto quanto são capazes de ler o brilho dos diagramas de olho das “constelações” do sinais SDI .
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