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segunda-feira, 6 de maio de 2013

"Vivo e Claro não precisariam da faixa de 700 MHz imediatamente,"


Recentes declarações de dois dos principais executivos de telecomunicações – Antonio Carlos Valente, pela Telefônica/Vivo, e Carlos Zenteno, pela Claro – de que seria precipitado lançar o edital de venda da frequência de 700 MHz no próximo ano, como pretende o Ministério das Comunicações, acenderam uma luz amarela na Anatel. Mais do que considerar apenas uma natural pressão de compradores antes do leilão, alguns dirigentes da agência estão levando em consideração esses alertas empresariais. Para o governo, a comercialização plena das faixas é fundamental. Embora a venda dessa frequência não integre o futuro PNBL 2.0, em elaboração, ela é hoje o principal trunfo que o governo tem para acelerar a banda larga em todo o país, além de gerar caixa para o financiamento do desligamento da TV analógica. 

Para que o leilão dê certo, há necessidade de correções. Na Anatel, há quem avalie que os objetivos de cobertura estabelecidos na portaria do Minicom estão salgados para esta época de crise externa e de forte endividamento das operadoras; por isso, deveriam ser minimizados. O Minicom elencou que os compradores devem construir backhaul em todo o país, com mais ênfase nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; atender os setores de segurança e de infraestrutura; cobrir as estradas com o serviço de celular; além, é claro, de acelerar a cobertura das grandes regiões, zonas de periferia urbana e áreas remotas com banda larga móvel de 4G. 

Para o ministério, no entanto, as declarações dos dois executivos devem ser entendidas apenas como um posicionamento competitivo. Isso porque, avalia a fonte, Vivo e Claro pagaram mais e também levaram mais banda na licitação da 2,5 GHz. Mas essas duas operadoras são as que têm as bandas A e B da telefonia celular, ou seja, as faixas de 800 MHz. TIM e Oi só têm as bandas C, D e E, todas nas faixas de 1,8 GHz; 1,9 GHz; e 2,1 GHz, que as outras duas também têm. 

Isso significa, explica o interlocutor do Minicom, que Vivo e Claro não precisariam da faixa de 700 MHz imediatamente, pois poderiam também fazer a LTE nas bandas de 800 MHz ou de 1,8 GHz. Mas Oi e TIM, que não têm essa folga, não teriam como deslocar seus clientes de 2G para recepcionar os serviços de comunicação de dados. Assim, uns falam em adiar o leilão, enquanto outros preferem ficar calados. No final, aposta o ministério, todos vão ao leilão, pois não dá para imaginar uma empresa de celular desprezando o bem mais valioso para sua operação.


Fonte: Tele.Síntese Análise 386 


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