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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

TV ANALÓGICA DE RIO VERDE NÃO FOI DESLIGADA NO DIA 29 E COM ISSO FRACASSA O PRIMEIRO TESTE DE UMA CIDADE TOTALMENTE COM TV DIGITAL

Lixo Eletronico
O sinal analógico de televisão  NÃO FOI  desligado neste domingo (29) em Rio Verde, no interior de Goiás. O conselheiro da Anatel Rodrigo Zerbone enviou comunicado às emissoras de TV da cidade desde sexta-feira (27) avisando que os canais analógicos não serão desligados conforme prometia a campanha de mobilização.
Isso não  aconteceu porque o percentual de 93% de casas aptas para receber o sinal digital não foi atingido. Uma reunião foi realizada nesta sexta com a Anatel, as operadoras de telecomunicações e os radiodifusores para tomar uma decisão que teve como embasamento a última pesquisa do IBOPE.
O principal ponto de discórdia entre operadores e radiodifusores foi quanto ao critério do cálculo para chegar na meta de 93% das residências, que a Anatel aceitou mudar. Com a mudança, passou a considerar as residências com TV paga, o que aumentou de 62% inicialmente apresentados para 69%, ainda assim longe da meta estipulada.
Os operadores de celular queriam que fossem consideradas as residências que tivessem uma TV de tela plana, o que elevaria o percentual para 77% de casas prontas para receber o sinal digital. A única alternativa foi cancelar o switch off.
A proposta dos radiodifusores era o estabelecimento de uma nova data. No entanto, o conselheiro não achou conveniente marcar outras datas para não criar constrangimento ao processo.
Agora, a intenção é aumentar a intervenção em Rio Verde com a divulgação em campanhas publicitárias ou exposição dos problemas da transmissão analógica de TV. Também não será interrompida a programação dos canais, como queriam as operadoras. Uma nova pesquisa deve ser realizada em dezembro.
FIQUE POR DENTRO:
Rio Verde é o projeto piloto do programa do Ministério das Comunicações de transição para a TV digital, que deve ser finalizado até 2018. A região metropolitana de Belo Horizonte terá o sinal da TV analógica desligado, segundo o cronograma do ministério, no dia 26 de junho de 2016. Antes disso, o sinal digital já será exclusivo em Brasília e algumas cidades do Distrito Federal e na região metropolitana de São Paulo.

Para quem tem TV por assinatura, nada muda. Já quem pega os sinais da TV aberta, para acessar o digital, terá que ter uma televisão com conversor embutido e uma antena digital. São os aparelhos com tela de LED, LCD ou plasma com o selo DTV, e a maioria dos que foram fabricados no Brasil após 2010. Caso o equipamento não tenha o selo, o site vocenatvdigital.com.br recomenda conferir no manual do usuário.

Já as televisões fabricadas antes de 2010, as compradas no exterior e as de tubo não recebem o sinal. Para não comprar uma televisão nova, o usuário pode adquirir apenas o conversor digital, que custa a partir de R$ 129.

Descarte. A mudança de tecnologia já está aumentando o descarte dos aparelhos de tubo, na percepção de Ernesto Gonçalves Rolim, voluntário da associação comunitária do bairro Bela Vista, em Contagem, que faz reciclagem de equipamentos eletrônicos. “Até dois meses atrás, recebíamos cerca de 20 televisões por mês, mas agora são três, quatro, chegando por dia. Quando a mudança para a TV digital estiver mais próxima, acredito que a procura vai ser maior ainda”, avalia .

A associação iniciou o trabalho de reciclagem em março deste ano e já recebeu cerca de 500 aparelhos. Mas é preciso ter atenção na hora de descartar as TVs de tubo que não serão mais utilizadas. “É um crime jogar a TV na rua, como a gente vê por aí, porque é uma material que polui muito o planeta”, conta.
Programa foi adiado duas vezes

A transição para a TV digital está sendo mais lenta no Brasil que o planejado. Em junho de 2014, foi feito um planejamento em que a TV analógica estaria extinta no país em 2016. Porém, o governo federal já fez pelo menos dois adiamentos. Agora, o prazo vai até 2018. Da mesma forma, capitais como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro já teriam apenas a TV digital na primeira metade de 2015, o que não aconteceu. O slogan da campanha do Ministério das Comunicações sobre a TV digital diz: “Não vamos deixar ninguém para trás”.

Com o intuito de evitar que a mudança deixasse a população sem acesso aos canais abertos de televisão, o governo federal decidiu distribuir o conversor digital aos beneficiários do Bolsa Família. O custo de cada kit com o conversor, apelidado de “bolsa novela”, é de cerca de R$ 160. O orçamento para compra do kit para as mais de 10 milhões de família atendidas pelo programa social é de cerca de R$ 2,5 bilhões. Os kits já foram entregues para famílias de Rio Verde.  

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