A matéria( publicada no post anterior) não reflete todas as causas da chamada
“Carência de mão obra no setor de telecom”, o que observamos ao longo dos
últimos anos, foi uma sucessão de erros estratégicos das empresas, dispensando mão
obra experiente( para justificar redução de custos) em troca de principiantes com salários reduzidos na ordem de 30% á 40% dos regulares.
Os leigos dirão: mas isso ocorre em todos os setores da economia.
Mas não é verdade ,
Pode-se ver por ai, ofertas de trabalho para Engenheiros , oferecendo salários entre R$ 3000,00 e R$ 3.500,00, ou oferecendo contratos temporários de 3 a 12 meses . Dessa forma podemos entender que não faltam profissionais, há falta sim de salários atraentes e perspectivas de continuidade no mercado.
Pode-se ver por ai, ofertas de trabalho para Engenheiros , oferecendo salários entre R$ 3000,00 e R$ 3.500,00, ou oferecendo contratos temporários de 3 a 12 meses . Dessa forma podemos entender que não faltam profissionais, há falta sim de salários atraentes e perspectivas de continuidade no mercado.
Todos querem mão obra formada e pagando baixos salários. Dispensáveis a qualquer variação da economia.
Algumas
empresas contratam engenheiros por valores
inferiores ao da legislação,e as que
estão no valor da legislação pagam somente o piso e pronto, ou seja, simplesmente não existe
política de salários. O que acontece é que engenheiros com mais experiência continuam
ganhando o mínimo, com isso acabam migrando para áreas com salários mais
atrativos e com políticas salariais atraentes, que é o caso dos concursos
públicos.
Isso se
reflete diretamente no mercado de Telecom no Brasil que vem sobrevivendo com
engenheiros recém formados ou engenheiros que ficam desempregados por um longo período
e se vêem obrigados a aceita qualquer salário. Some-se a isso empresas desonestas que exigem diplomas de
engenharia ,mas na hora do registro deixam o profissional como analista ou
técnico pleno, para não ter que pagar os encargos reais dos salários de
engenharia.
É como um hospital contratar um médico e registrar o mesmo como enfermeiro.
A
isso tudo podemos também colocar uma boa parcela de culpa na sagrada instituição
do CREA, que simplesmente não atua em nada para mudar este ciclo vicioso, nem
ao menos fiscalizando os salários
abaixo da legislação.
Dessa forma se
o mercado não quer pagar pelo
profissional qualificado com experiência, deve conviver com a baixa qualidade
nos serviços.
Os profissionais existem, mas quanto querem pagar por eles?
Agora o dedo está na ferida. Não só na área de Telecom mas na de TV (em geral) isto está acontecendo. Se fizermos um link entre este artigo e os outros dois anteriores, vamos ver que a indústria de TV caminha para uma situação muito muito complicada.
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