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segunda-feira, 4 de março de 2013

Tvs conectadas : subutilização devido a baixa usabilidade


As tv´s conectadas  até agora, não conseguiram  ir além dos limites de sua herança de TV, com pouco uso para sua enorme tela, a conexão com a internet tem sido  usada para fornecer acesso a uma variedade muito maior de fontes alternativas de conteúdo de vídeo .É o que aponta  o mais recente relatório do NPD (https://www.npdgroupblog.com/internet-connected-tvs-are-used-to-watch-tv-and-thats-about-all/)  O relatório constata que  quase seis em cada dez consumidores de TV´s conectadas estão  acessando serviços de  Over-the-Top (OTT) através do dispositivo e negligenciam o uso de aplicativos como Facebook e Twitter . Essa  decisão não é por falta de opção de aplicações,  ela vem do habito de como os consumidores estão acostumados  ​a  interagirem  com  suas TV´s. 
Consoles de jogos, leitores de Blu-ray, e outros dispositivos conectados também oferecem uma variedade de aplicativos, que vão alem da navegação na web do  Twitter ao Facebook . Mas,o resultado  em geral, é que estes não conseguiram entrar em ressonância com o público, até porque existem plataformas melhores, como o bom e velho PC, ou os novos e amigáveis  tablets  e  smartphones, oferecendo os mesmos  serviços com muito mais usabilidade em suas interfaces de navegação. E fazendo surgir o “habito” de usar esses dispositivos enquanto assitem TV ,dando origem ao termo de “segunda tela”.
O único ponto fora dessa curva de desaprovação das Tv´s conectadas são os aplicativos de musica (raidos on line) onde a localização da TV na sala e da disponibilidade de inúmeros aplicativos de streaming de música ,como o Pandora por exemplo, tem impulsionado a aceitação dos consumidores de forma  razoável (cerca de 15 por cento).
 Veja quadro abaixo :
 

Os resultados trazem  boas e mas notícias para os fabricantes de TV. No lado positivo, a TV em si continua a ser o principal agente para assistir conteúdo de vídeo  dentro de casa, e está mostrando uma gama maior de programação por meio de serviços de OTT´s. O que torna claro que os consumidores querem conteúdo de vídeo  em banda larga em suas TV´s.
O ponto negativo começa justamente com o desafio de se  criar uma experiência para o usuário menos  complexa. É hora de se perguntar se as Tv´s conectadas tem realmente a capacidade de se transformarem em um hub de aplicações que vão além das funções de servidor de vídeo, seja ele on line, ao vivo ou gravado. Se fizermos uma rápida analise existem inúmeros dispositivos que trazem a internet para  a TV: os consoles de jogos e os leitores de Blu-ray  já citados aqui, fora esses ,existem também set top boxes IP´s e media centers, alem da prória Apple Tv ,TiVo e etc.
O relatório do NPD aponta também que enquanto 15 por cento de telas HDTV estão conectadas diretamente à Internet, esse número aumenta para 29 por cento,quando levamos em conta estes outros dispositivos. E chama a atenção para os ecossistemas duplos, ou seja, TV´s conectadas que tem um desses dispositivos também conectados a ela, o que cria uma confusa experiência de usabilidade para os consumidores que tem mais de uma forma de acessar os mesmos aplicativos para os mesmos conteúdos . O resultado obvio é que os consumidores não explorem nada mais do que as opções de entrega de conteudo de video. Mas a verdade é que as TVs conectadas normalmente têm interfaces “desconcertantes” que fazem o ato de simples de encontrar e assistir  ou usar seus programas favoritos em uma missão quase impossível . Isso explica o motivo dos apps não terem decolado, a experiência de  tentar usar aplicativos como o facebook ou twitter esta muito aquém do prazer proporcionado por tablets e smartphones.O que explica também o sucesso cada vez maior dos aplicativos para  Segunda Tela, que é muito mais um habito do que própriamente uma tecnologia. A segunda tela nos lembra que voltamo para casa para ver  TV, relaxar e se divertir. Para isso os  televisores devem ter interfaces  agradáveis de usar. Mas ao contrário disso as chamadas smart Tvs tem transformado esses aparelhos nos mais complexos eletrodomésticos dentro da casa. A saída para contornar  esta situação,que é sugerida pelo relatório , é ainda mais paradoxal, os fabricantes precisam se concentrar   "menos em inovação”  e se preocupar cada vez  mais com a simplificação da experiência do usuário.  Como já falei aqui em outros artigos, o sucesso das aplicações interativas começa muito antes do usuário apertar a tecle “Power” do seu  controle remoto, o que demonstra que esta faltando inteligência as “smart tv´s “.
Fontes:




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