As tv´s conectadas até
agora, não conseguiram ir além dos
limites de sua herança de TV, com pouco uso para sua enorme tela, a conexão com
a internet tem sido usada para fornecer
acesso a uma variedade muito maior de fontes alternativas de conteúdo de vídeo .É
o que aponta o mais recente relatório do
NPD (https://www.npdgroupblog.com/internet-connected-tvs-are-used-to-watch-tv-and-thats-about-all/) O relatório constata que quase seis em cada dez consumidores de TV´s
conectadas estão acessando serviços
de Over-the-Top (OTT) através do
dispositivo e negligenciam o uso de aplicativos como Facebook e Twitter . Essa decisão não é por falta de opção de aplicações, ela vem do habito de como os consumidores
estão acostumados a interagirem
com suas TV´s.
Consoles de jogos, leitores de Blu-ray, e outros dispositivos
conectados também oferecem uma variedade de aplicativos, que vão alem da
navegação na web do Twitter ao Facebook .
Mas,o resultado em geral, é que estes
não conseguiram entrar em ressonância com o público, até porque existem
plataformas melhores, como o bom e velho PC, ou os novos e amigáveis tablets
e smartphones, oferecendo os
mesmos serviços com muito mais
usabilidade em suas interfaces de navegação. E fazendo surgir o “habito” de
usar esses dispositivos enquanto assitem TV ,dando origem ao termo de “segunda
tela”.
O único ponto fora dessa curva de desaprovação das Tv´s
conectadas são os aplicativos de musica (raidos on line) onde a localização da
TV na sala e da disponibilidade de inúmeros aplicativos de streaming de música ,como
o Pandora por exemplo, tem impulsionado a aceitação dos consumidores de forma razoável (cerca de 15 por cento).
Veja quadro abaixo :
Os resultados trazem boas
e mas notícias para os fabricantes de TV. No
lado positivo, a TV em si continua a ser o principal agente para assistir
conteúdo de vídeo dentro de casa, e está
mostrando uma gama maior de programação por meio de serviços de OTT´s. O que torna claro que os consumidores
querem conteúdo de vídeo em banda larga
em suas TV´s.
O ponto negativo começa justamente com o desafio de se criar uma experiência para o usuário menos complexa. É hora de se perguntar se as Tv´s
conectadas tem realmente a capacidade de se transformarem em um hub de
aplicações que vão além das funções de servidor de vídeo, seja ele on line, ao
vivo ou gravado. Se fizermos uma rápida analise existem inúmeros dispositivos
que trazem a internet para a TV: os
consoles de jogos e os leitores de Blu-ray
já citados aqui, fora esses ,existem também set top boxes IP´s e media
centers, alem da prória Apple Tv ,TiVo e etc.
O relatório do NPD aponta também que enquanto 15 por cento de
telas HDTV estão conectadas diretamente à Internet, esse número aumenta para 29
por cento,quando levamos em conta estes outros dispositivos. E chama a atenção
para os ecossistemas duplos, ou seja, TV´s conectadas que tem um desses
dispositivos também conectados a ela, o que cria uma confusa experiência de
usabilidade para os consumidores que tem mais de uma forma de acessar os mesmos
aplicativos para os mesmos conteúdos . O resultado obvio é que os consumidores
não explorem nada mais do que as opções de entrega de conteudo de video. Mas a
verdade é que as TVs conectadas normalmente têm interfaces “desconcertantes”
que fazem o ato de simples de encontrar e assistir ou usar seus programas favoritos em uma missão quase impossível . Isso
explica o motivo dos apps não terem decolado, a experiência de tentar usar aplicativos como o facebook ou
twitter esta muito aquém do prazer proporcionado por tablets e smartphones.O
que explica também o sucesso cada vez maior dos aplicativos para Segunda Tela, que é muito mais um habito do
que própriamente uma tecnologia. A segunda tela nos lembra que voltamo para casa para ver TV, relaxar e se divertir. Para isso os televisores devem ter interfaces agradáveis de usar. Mas ao contrário disso as
chamadas smart Tvs tem transformado esses aparelhos nos mais complexos
eletrodomésticos dentro da casa. A saída para
contornar esta situação,que é sugerida
pelo relatório , é ainda mais paradoxal, os fabricantes precisam se concentrar "menos em inovação” e se preocupar cada
vez mais com a simplificação da
experiência do usuário. Como já falei
aqui em outros artigos, o sucesso das aplicações interativas começa muito antes
do usuário apertar a tecle “Power” do seu
controle remoto, o que demonstra que esta faltando inteligência as
“smart tv´s “.
Fontes:
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