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quinta-feira, 7 de março de 2013

IPTV é tendência, mas desafia provedores de internet



A realidade do mercado de IPTV, que começa a crescer no Brasil, foi abordada por Carlos Cunha, engenheiro de telecomunicações da Motorola Mobility, durante o Congresso de Provedores de Internet, em São Paulo. O especialista comentou sobre áreas que necessitam da atenção dos provedores que planejam investir na entrega do serviço pelo protocolo IP.
Perda de pacotes é principal gargalo.

O investimento é milionário e requer atenção de todos os lados – desde infraestrutura, tecnologia, a questões básicas de sistemas de cobrança, atendimento, manutenção e visitas técnicas, e o primeiro conselho de Cunha para os que estão pensando em entrar nesse mercado é: “implementar uma tecnologia que compense”, depois investir em treinamento e profissionais com experiência no mercado de vídeo.

O especialista pontua a perda de pacotes como principal gargalo para as prestadoras de serviços. “Perder pacote é o “demônio” para o IPTV, pois é pior que baixa velocidade. Isso interfere na qualidade do sinal, e consequentemente, na perda do cliente”, e adiciona que a manutenção deve fazer parte da estratégia, pois pode evitar esse tipo de problema. “Desde a manutenção básica, de limpar as antenas”.
Ele explica que o padrão IP permite integrar diversos serviços de vídeo on demand, multiview, gravação de conteúdo, o que pode enriquecer a oferta para assinantes. “No IPTV até a mudança de canal é mais rápida do que na TV digital”, cita como vantagem, e exemplifica a plataforma da Microsoft, o mediaroom, e afirma que a adoção de soluções integradas pode enriquecer a oferta.
De olho na concorrência
A concorrência com grandes provedores também foi citada como um desafio para as pequenas empresas, e afirmou que a exigência de múltiplas telas tem mudado a realidade do mercado brasileiro, com consumidores demandando mais serviços e aplicações. “Os pequenos provedores, para conseguir competir com os grandes, precisam ter preços competitivos e se preocupar com o conteúdo oferecido”.
E afirma que as empresas devem se preocupar com o portfólio de serviços. “A tendência de casa conectada deve estar no plano de negócios, além de permitir ao assinante ter acesso ao conteúdo da residência pelos dispositivos móveis”, e afirma que é importante pesquisar e saber o que os concorrentes e outras operadoras do mercado ofertam.

Comprovando essa tendência a  Life Serviços anunciou o lançamento do serviço de TV por assinatura com o padrão IP, que estará disponível até abril - quando a estação for licenciada pela Anatel - em algumas cidades do interior de São Paulo, como Pompéia, Marília e outras da região.

Segundo o diretor da companhia, Oswaldo Zanguettin, o objetivo é atingir uma base de 12 mil usuários em três anos, e a empresa que desde 2008 começou a investir em fibra ótica, entrará com uma oferta triple play, com preços competitivos. “A pressão do mercado nos levou a pesquisar e desenvolver a tecnologia, que ao final dos nossos estudos combinou com a tecnologia IP por maturidade e custo benefício”, comenta.
A companhia utilizará o cabo de fibra ótica aéreo e a diferença do serviço para o padrão DTH é o sinal de transmissão. “Não precisamos comprimir o sinal porque temos banda para isso, então, a transmissão terá mais qualidade. A diferença entre a tecnologia DTH e IP é que com o IP as chuvas não prejudicam tanto a qualidade”, e acrescenta: “o benefício é que no protocolo conseguimos ter bidirecionalidade, o que abre o mundo para diversas aplicações, como a gravação de canais e a possibilidade utilizar tecnologias de rede, como cloud, nos set-top-boxes, então trabalhamos com caixas mais leves”.
Zanguettin também conta que a companhia melhorará a oferta de banda larga. “Hoje trabalhamos com até 20Mbps, mas com o lançamento da TV vamos passar a ofertar até 100Mpbs”, e embora o serviço de voz também esteja dentro da rede IP, o ofertado não será o VoIP, mas o padrão comum.
Na primeira etapa, a oferta incluirá a grade linear de canais em HD para toda base de assinantes, menu interativo, aplicações de vídeo e TV on demand, que permite gravação de conteúdo. “Vamos usar um modelo de caixa que permite disponibilizar isso para todos os usuários, até dos pacotes mais simples”, e a empresa conta que nos planos futuros estão a possibilidade de incluir ofertas de OTT, para conteúdos em dispositivos móveis, e que a ideia também é instalar câmeras públicas na cidade. “Isso permitirá que o assinante veja o que acontece em tempo real, e até acompanhe as condições climáticas. Nossa idéia é transformar a TV em uma web interativa”.

fonte : IPnews 

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