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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Google TV - Primeiras Impressões


Em sua ultima conferência o Google revelou detalhes sobre sua maior novidade: A Google TV, que combina a nova versão do Android 2.2 (sw) chamado de Froyro, com uma TV Sony (hd).Em essência, o Google TV é dividido em três componentes: Android (a partir da versão 2.1), o browser Chrome e Flash 10.1; juntos, esses recursos conseguem levar “o entretenimento da internet para a TV. Segundo os desenvolvedores. Em uma das demonstrações, por exemplo, os criadores da tecnologia buscaram pelo seriado "House" e encontraram conteúdos disponíveis por streaming pelas emissoras de TV e em sites de vídeos da internet.
Para rodar de modo satisfatório nos televisores,o Google informa que houve uma adaptação específica de processadores realizada pela Intel, que é parceira no projeto.A empresa, recomenda conexões acima de 3MB/s, para melhor rendimento do serviço.
Tentativas anteriores já mostraram que ler e-mail ou navegar na Internet usando a TV não é nada facil nem confortável. Manusear teclado e mouse sentado em uma poltrona é uma multitarefa desnecessária. Porém a nova abordagem do Google promete ser uma experiência fácil.
O Google adcionou sua incrivel capacidade de busca da Web e somou a controles amigaveis de navegação por controle de voz , Dessa forma com o Google TV, e um telefone Android pode ser usado para permitir o controle de voz.Basta dizer, "'show Simpsons TV ", e sua TV Google ira exibir as opções de conteúdo com essa “TAG”.
Esqueça aquela antiga frase da AOL : "You've got mail". Com o Google TV, você será capaz ler e-mail apenas dizendo: "Abra meu e-mail."
A tecnologia visa trazer uma programação televisiva criada pelo próprio usuário, que conseguirá, por meio de controles remotos (smartphones com Android, dispositivos específicos e até comandos de voz), buscar por conteúdos disponíveis pela internet usando uma barra de pesquisa rápida inserida na tela.
Como a plataforma Android é aberta , dessa forma milhares de desenvolvedores podem trazer novas funcionalidades, como controle de aplicações para a TV entre outras coisas.
O Google afirma que 100 mil dispositivos Android são ativados todos os dias, ea plataforma é suportada por 50 mil aplicativos Android.Imagine o que os aparelhos de TV pode ser capazes de fazer quando armados com aplicativos de terceiros?
A razão de existir do Google TV,dizem os desenvolvedores, é trazer uma experiência completa de internet para as telas grandes, seja para assistir a vídeos no YouTube, buscar por episódios de seriados ou ainda usar aplicativos de web baixados pelo Android Market para ver a previsão do tempo ou gerenciar o Twitter, por exemplo.
Alguém poderia se perguntar por que o Google quer entrar no mercado de TV ?
A resposta é simples ,não é porque a empresa quer vender aplicativos, mas sim porque há uma estimativa de que há cerca de 4 Bilhões de TV´s em todo o mundo, e mais de US $ 70 bilhões são gastos anualmente em publicidade televisiva só nos Estados Unidos. E o que o Google quer é uma parte desta receita.
Os anunciantes também poderão se beneficiar destas novas funcionalidades .Embora as mensagens de propaganda hoje sejam passivas, o Google TV permitirá um diálogo de mão dupla ( interatividade).Quando o espectador achar um produto interessante num programa de TV, ele será capaz de acessar rapidamente esse produto e obter mais informações sobre ele, encontrar um vendedor local ou até mesmo entrar em contato com o fornecedor.
Para os grandes produtores de conteúdo televisivo, o Google prepara um flexível plano de distribuição de conteúdo, procurando trazer vantagens comerciais para os grupos de mídia. Em meio a isso, os usuários também poderão gravar o conteúdo por meio do sistema de PVR.
Mas será que as emissoras deveriam se preocupar com o modelo de TV do Google?
Qualquer tecnologia que aumente ainda mais a experiência do telespectador é bom para os radiodifusores.Porém, isso significa também que uma variedade de competidores serão exibidos, juntamente com sua estação em qualquer EPG ou anúncio.Mas, com a capacidade de busca por contexto, o conteúdo da emissora será igualmente visível com outras opções.Isto significa que a programação local se destacara ainda mais, agora ao contrário de quando sua estação ou rede era apenas um dos 500 canais entre todos os outros.
Os Espectadores de hoje não sabem nem se importam se os programas vêm de satélite, cabo, pelo ar, pela Internet ou pelo encanamento de água.O que os telespectadores querem é ser capazes de encontrar facilmente o conteúdo desejado e depois vê-lo em um ambiente confortável.
O Google TV efetivamente fornece todas essas funções e características? Talvez ainda não, mas parece ser a empresa mais proxima de uma solução eficaz do que qualquer outra.
Ainda não há informações sobre o preço final dos hardware, que serão vendidos exclusivamente pela BestBuy. Uma vez comprada a estrutura, o serviço é gratuito. Vic Gundotra, vice-presidente de engenharia do Google, afirmou que a tecnologia passará a ser comercializada internacionalmente só a partir de 2011, então é esperar para ver .

Um comentário:

  1. Tom
    Como usuário concordo plenamente com as suas observações entretanto acho que para os radiofusores a dificuldade será a inserção de novas tecnologias que, sendo desenvolvidas por empresas não tradicionais do segmento de radiofusão, são sempre vistas com desconfiança.
    Acho que o proprio segmento como um todo passa por uma transformação ainda não claramente mensurada. Entendo que a convergência de mídias como uma tendência é algo inevitável, contudo, como processo dinâmico e que envolve vários atores sociais e econômicos, tem um caminho bem mais turbulento e incerto, marcado pelas idas, vindas e incertezas, onde alguns não conseguirão se adaptar a tempo inviabilizando seus próprios negócios nesse novo cenário.

    Márcio Carneiro
    Coord. do LAB TV e do LABCON ( Laboratório de Convergência ) da UFMA

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