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domingo, 22 de janeiro de 2012

ANATEL E AS INDEFINIÇÕES DO 4G

A quarta geração da telefonia móvel, a LTE, começou a ser implantada paulatinamente pelas grandes operadoras globais, entre elas a norte-americana Verizon. Esta nova tecnologia tem como vantagem frente às versões anteriores ser, mesmo toda IP, e conseguir unificar os padrões de mercado existentes (UMTS, CDMA, etc.). Mas ela traz também grandes desafios para as operadoras: necessidade de muita banda e de espectro, muitos investimentos em backhaul e, principalmente, mudança de atitude, de maneira a também poderem ganhar receitas com os serviços "over the top".


Seguindo essa tendencia a Anatel aprovou nesta quinta-feira, 19/01, a minuta do edital de leilão para as frequências de 450 MHz e 2,5 GHz, destinada pelo governo para os serviços LTE, a 4G da telefonia móvel celular. Estranhamente o relator da matéria, o conselheiro Rodrigo Zerbone, deixou fora do texto qualquer menção quanto aos indicadores de qualidade do serviço Internet a ser prestado para os consumidores, num momento em que a própria agência vem analisando um pedido da Oi para retirar as metas impostas para os serviços disponíveis.
Zerbone alegou que o fato de não ter feito menção alguma quanto às metas de qualidade que são impostas pelo órgão regulador no texto do esboço deste edital, entende que as empresas já estão cientes de antemão, que terão de cumprir o que manda os regulamentos em vigor para o SPM e o SCM.

Certamente, os clientes da Oi e das outras operadoras têm percebido nos últimos meses que a necessidade de expansão das redes móveis é uma realidade no Brasil. As redes estão cada vez mais congestionadas, graças em grande parte à explosão de consumo da banda larga móvel. Sob esta ótica, será que o mais interessante no momento é trocar de tecnologia ?, o que exigirá investimentos ainda mais robustos do que os necessários para reforçar as redes que já temos? Ainda mais se não há nenhuma garantia de que as operadoras 4G oferecerão velocidades de fato maiores e com melhor qualidade.

Coisas ainda mais estranhas têm acontecido em torno das discussões sobre a melhoria dos serviços de banda larga no Brasil. Dentro da Anatel cresce a torcida para que a ABR Telecom, grupo formado pelas operadoras telefônicas para coordenar os serviços de portabilidade, vença a disputa para ser a responsável pela gestão dos parâmetros de qualidade da Internet. Essa concorrência foi aberta também no dia 19/01 pela Anatel. Enquanto isso parece que o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), órgão criado pelo governo e formado por especialistas da área de tecnologia, tem sido tacitamente excluído das reuniões realizadas pela Anatel sobre as regras de qualidade. Se isso for verdade, a acusação é séria já que praticamente todos os parâmetros fixados pela Anatel se baseiam em estudos conduzidos pelo CGI.

A entrada do 4G no Brasil alinhada com a evolução tecnológica mundial deve sem duvida ser uma meta da Anatel, mas não pode ser atingida a qualquer custo!


fontes: Convergencia Digital,Portal Band.com.br

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